A presidenta Dilma Rousseff (PT) teve a sua carne torturada na ditadura e hoje a sua alma violentada na democracia.
Ela foi afastada do cargo sem crime de responsabilidade. O processo foi político, motivado mais pelos acertos do projeto, do que pelos erros.
O afastamento de Dilma é mais um ato no roteiro do golpe que está sendo praticado no Brasil.
As elites, com os instrumentos do capital e de estado, apoiados por setores da grande mídia, promovem uma luta de classes contra os trabalhadores e o povo mais pobre do país. Eles cansaram do povo.
Temer é o instrumento utilizado para praticar o golpe.
O que está em jogo neste momento são as conquistas da sociedade brasileira, efetivadas nesses 13 anos de governo democrático e popular.
O projeto que financia o golpe no Brasil sonha com a apropriação pelas multinacionais estrangeiras da cadeia produtiva do petróleo; com a precarização do trabalho, através da flexibilização das leis trabalhistas; com uma reforma da previdência, cortando direitos dos trabalhadores e dos aposentados; com a implementação de uma agenda neoliberal que gera arroxo salarial, desemprego, inflação alta e apropriação privada do patrimônio público.
Temos que resistir a tudo isso! Os homens e mulheres de bem precisam ocupar as ruas para defender o valor intransponível da democracia. Os trabalhadores e trabalhadoras devem protestar pela manutenção dos direitos e avanços sociais de mais de uma década.
Não é hora de desistir, nem de esmorecer. É hora de lutar contra o governo ilegítimo que se instala no país, formado por aqueles que perderam nas urnas e agora tentam conquistar o poder pela via do golpe.
Brasileiros e brasileiras, a nossa luta não é pela manutenção de um governo, mas de um projeto que revolucionou este país, que transformou a vida de milhões de pessoas e deu oportunidade para todos.
Por Marcio Macedo, Secretário Nacional de Finanças do PT | Publicado originalmente em Brasil 247