Margem aumenta: Mulheres elegem Lula no 1º turno
Se dependesse só do voto feminino, petista já estaria eleito com 51% dos votos femininos. Preferência só cresce. Em março desse ano, era 48%.
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As mulheres não param de derrotar Jair Bolsonaro nas urnas, segundo as últimas pesquisas eleitorais. Maioria no eleitorado geral (com 53% dos votos), elas são responsáveis pela vantagem que Lula mantém há quase um ano na disputa presidencial.
Segundo a última pesquisa Genial/Quaest, de 10 de maio, se dependesse apenas dos votos femininos, Lula venceria Bolsonaro com 51% dos votos femininos contra 22%. Houve um aumento da preferência feminina por Lula que, em março, registrou 48% de intenções de voto das mulheres. O levantamento ouviu 2.000 pessoas de 27 estados, face a face, entre os dias 5 a 8 de maio. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%. A pesquisa foi contratada pelo Banco Genial e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-01603/2022.
A pesquisa mostra ainda que não só as mulheres cresceram na preferência por Lula, como o eleitorado geral está deixando Bolsonaro de lado. A preferência pelo genocida encolheu de 31% para 29% entre abril e maio. Considerando eleitores e eleitoras, Lula vence em todas as regiões com exceção do Centro-Oeste.
Na pesquisa mais recente, divulgada hoje, 20, pela XP Investimentos, Lula segue à frente com 44% das intenções de voto, entre homens e mulheres, enquanto Bolsonaro segue em segundo lugar com 32%. Foram entrevistadas 1.000 pessoas com 16 anos ou mais em todas as regiões do Brasil, de 16 a 18 de maio. A pesquisa foi contratada pelo banco XP Investimentos e está registrada no TSE sob o número BR-08011/2022.
“Quando a gente diz que as mulheres irão reconstruir esse país, é no concreto. Somo nós que estamos puxando o voto em Lula, porque sentimos na pele os efeitos desse governo genocida e criminoso. Sabemos o que é melhor para o futuro do país e das nossas gerações”, analisa Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT.
A rejeição das mulheres a Bolsonaro não é um elemento novo no cenário político brasileira. Elas têm se posicionado contra a figura pública e seu governo, mesmo antes dele subir a rampa do Planalto.
Elas rejeitam Bolsonaro
Datafolha 2018: Bolsonaro era o candidato mais rejeitado entre o eleitorado feminino. Cerca 43% das mulheres entrevistadas não votariam no militar de “de jeito nenhum”.
DataFolha 2019: 56% das mulheres rejeitam a Reforma da Previdência de Bolsonaro
PoderData 2021 (mar): duas em cada três brasileiras refutam o governo, um recorde. Desde dezembro de 2020, a impopularidade do presidente entre as brasileiras cresceu de 49% para 64%.
DataFolha 2021 (mai): Gênero: Apenas 21% das mulheres aprovam o governo contra 29% dos homens. Recorte racial: Mais de 50% dos eleitores que se declararam pretos responderam “ruim ou péssimo”. Já os brancos dão à gestão de Bolsonaro o maior percentual de ótimo ou bom (27%), taxa semelhante à que ocorre entre os pardos (24%). Entre os pretos, são 18%.
DataFolha 2021 (set): Só 18% das mulheres aprovam o governo. Só 17% dos mais pobres aprovam o governo.
Genial/Quaest 2021 (nov): 59% das mulheres rejeitam Bolsonaro e 16% aprovam.
Genial/Quaest 2022 (mar): Eleito no 1 turno. Lula tem 48% das intenções de voto feminino. Já Bolsonaro obteve apenas 20%.
Genial/Quaest 2022 (mai): Eleito no 1 turno. Margem aumenta. Lula venceria Bolsonaro com 51% dos votos femininos contra 22%.
Ana Clara Ferrari, Agência Todas