Minas anuncia R$ 4,4 bi para agricultura familiar e pacote de incetivos ao campo

Governador Fernando Pimentel e ministro Patrus Ananias anunciam plano safra 2015/16 para estado com 57% mais recursos que no ano passado (2014)

Foto: Veronica Manevy/Imprensa MG

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel anunciou, na quarta-feira (19), ao lado do ministro de Desenvolvimento Agrário do governo Dilma Rousseff, Patrus Ananias, o plano-safra 2015/16 da agricultura familiar para o estado de Minas Gerais, que vai garantir R$ 4,4 bilhões em crédito rural para os agricultores do estado. O valor do investimento é 57% maior que o do ano passado (2014).

Dados oficiais indicam que cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros têm origem na agricultura familiar. A estimativa é que o plano atenda mais de 200 mil famílias mineiras. A solenidade de lançamento ocorreu na Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), onde também foi formalizada a doação da Fazenda Jacaré (em Bocaiúva, Norte do estado) para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Na abertura da 9ª edição da Feira da Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas), em Belo Horizonte, o secretário de Agricultura, Glênio Martins, anunciou, na manhã desta quinta-feira (20), um pacote de incentivos para o segmento, com medidas que contemplam a regularização fundiária, acesso à terra, segurança alimentar, apoio à produção e o acesso aos mercados.

A execução do plano safra também vai representar a inclusão de mais 5,1 mil famílias mineiras no Cadastro Ambiental Rural (CAR), o registro eletrônico obrigatório dos imóveis rurais, cuja adesão assegura todos os benefícios destinados ao campo, inclusive crédito rural.

O Plano Safra também prevê compras diretas aos agricultores familiares no valor de R$ 35,9 milhões pelo programa federal de aquisição de alimentos, assegurando o escoamento de parte da safra.

O lançamento contou com a presença de representantes de movimentos sociais e representações de trabalhadores, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetaemg) e Federação dos Trabalhadores em Agricultura Familiar.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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