Mulheres consolidam protagonismo no serviço público federal
Ministra Esther Dweck comemora que 57% dos classificados na 2ª fase do Concurso Unificado são do sexo feminino; posse dos servidores está garantida em 2026
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A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, comemorou nesta terça-feira os resultados da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), realizada no último dia 7 de dezembro.
Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministra”, Dweck destacou o dado que reflete o sucesso das políticas de equidade do Governo Federal: 57,12% das candidatas aprovados para a segunda fase são mulheres, consolidando o protagonismo feminino na retomada do serviço público.
O concurso ocorreu simultaneamente em 228 cidades e é considerado o maior da história do país. Foram 42,86% de candidatos homens classificados para a etapa seguinte. Para a ministra, os números são reflexo direto de ações afirmativas de gênero desenhadas para garantir que a administração pública tenha, de fato, “a cara do Brasil”.
“O CPNU não foi só um concurso, é uma política pública para ter um serviço público com a cara do Brasil. Na nova chamada do CPNU 1, já estamos chegando a praticamente 1.000 municípios com pessoas sendo chamadas, muito bem distribuídas e respeitando as cotas”, afirmou a ministra.
Cronograma e Segurança Jurídica
Dweck tranquilizou os aprovados sobre as nomeações em 2026, ano eleitoral que impõe restrições a contratações públicas. Segundo a ministra, o calendário do CPNU 2 foi estrategicamente planejado para garantir a posse dos novos servidores.
O resultado final está previsto para sair em meados de março, com homologação até o início de abril. “Estamos livres do defeso eleitoral. Aquelas vagas que têm curso de formação obrigatório, ele é curto, terminando em meados de maio, também a tempo de homologar”, explicou Dweck.
Legado e Modernização
A ministra também anunciou que a tecnologia e a metodologia do CPNU estão sendo transferidas para a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). O objetivo é institucionalizar o modelo unificado, garantindo que ele se torne uma política de Estado perene, independentemente de futuras trocas de governo.
Durante a entrevista, Dweck explicou ainda a Nova Estratégia Nacional de Contratações Públicas, lançada recentemente pelo presidente Lula. A ideia é utilizar o poder de compra do Estado — que representa cerca de 16% do PIB nacional — para fomentar o desenvolvimento sustentável, dando prioridade a fornecedores locais e empresas que adotem boas práticas ambientais e de equidade de gênero e racial.
