Na Câmara, Chioro cobra alternativa para substituir volta da CPMF
Ministro era defensor aberto da criação de uma taxação com alíquota de 0,38% e destinação exclusiva para a área da saúde, distribuída entre União, estados e municípios
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Por Rede Brasil Atual – O ministro da Saúde, Arthur Chioro, confirmou que o governo descartou a criação de uma alíquota nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), extinta em 2007, mas defendeu que será preciso encontrar uma solução para o financiamento da saúde.
“Tem que ser discutida uma alternativa. Aquela alternativa está descartada. Minha obrigação como ministro é colocar o problema”, afirmou, ao deixar a sala da liderança do governo na Câmara, na quarta-feira (2), onde atendeu 24 deputados da base governista, que foram pedir liberação de recursos de convênios com a pasta e apresentar outras demandas locais.
Chioro garantiu que não tratou sobre este tema com os parlamentares. Ao ser perguntado sobre um possível desentendimento com a equipe econômica, que teria motivado a abandonar a proposta da nova contribuição, o ministro negou qualquer crise no governo e afirmou que a decisão foi resultado de uma série de consultas que foram feitas.
“Não davam sustentação para uma discussão mais aprofundada. Não tinha viabilidade”, explicou.
Arthur Chioro era defensor aberto da criação de uma taxação com alíquota de 0,38% e destinação exclusiva para a área da saúde, distribuída entre União, estados e municípios. Pelas contas do ministro, o imposto representaria uma arrecadação anual de cerca de R$ 80 bilhões ao setor.
Segundo ele, o Executivo agora quer contribuições da população e do Congresso Nacional, depois das críticas tecidas à proposta. “A situação está colocada para a sociedade. Agora temos que discutir uma alternativa”, disse.
Demandado por deputados da base, o ministro, pela segunda vez, vai à Câmara para atender os parlamentares que pedem audiências para tratar de assuntos da pasta. Segundo ele, na primeira vez foram feitos 87 atendimentos. “São demandas das bases eleitorais, de hospitais, faculdades, liberação de emendas, convênios. Não são demandas para todos. São cobranças da base eleitoral”, explicou.