No ES, petistas abandonarão cargos em governos golpistas
Presidente estadual do PT, João Coser fala sobre desafios do partido após o 6º Congresso e reafirma importância de se aproximar da sociedade
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O PT do Espírito Santo se prepara para fortalecer a aliança com os partidos de esquerda e os movimentos sociais, seguindo as deliberações com o 6º Congresso do PT. O primeiro passo para isso é que todos os petistas saiam dos governos estaduais e municipais que contribuíram para o golpe.
Essa medida foi definida quase que por consenso na etapa estadual do 6º Congresso, segundo o novo presidente do PT no Estado, João Coser.
“Todos os companheiros do partido que estão nesses governos estão se desligando”, afirmou. O próximo passo, diz ele, é ampliar o processo de formação política, estreitando a ligação com os movimentos sociais.
O presidente afirma ter identificado uma busca maior por filiações neste momento. “São centenas de filiações e pessoas procurando se filiar ao Partido dos Trabalhadores praticamente todos os dias. Agora temos a responsabilidade de um processo de formação política porque além de se filiar, tem que se tornar um cidadão consciente, militante da causa”, explica.
Nessa formação, conta-se a história do Brasil e dos partidos políticos, com destaque para a formação do PT. E ao longo do processo, as pessoas entendem a importância de um partido com a origem do PT, que partiu de baixo para representar os trabalhadores pela primeira vez.
“E da importância dos governos de Lula e Dilma. Aqui no Espírito Santo tivemos um processo importante de desenvolvimento da economia local. As pessoas melhoraram de vida, estudaram mais, melhoraram de emprego”, conta.
Para ele, é importante ter uma bancada de deputados federais e estaduais forte. E ter presença na sociedade, em cooperativas e sindicatos. O objetivo é construir uma relação direta com a sociedade, principalmente após o golpe.
“O PT também não existe só para as eleições, mas também para fortalecer a democracia. Para fazer a transformação da sociedade em uma sociedade mais humana, mais justa, mais igualitária. Vemos candidatos de direita defendendo a barbárie”, explica. “A figura do ex-presidente Lula é muito respeitada. Nossa esperança e confiança de ter uma vitória do povo, não só dos companheiros do PT, no ano que vem”, diz.
A parte de organização do partido é também muito importante. O objetivo é ampliar o processo de organização regional, conta Coser. “O Estado está sendo dividido em microrregiões para que a gente possa ter uma organização mais próxima dos municípios”, diz.
Eleição de Gleisi
Coser afirma que ficou extremamente feliz com a vitória de Gleisi Hoffmann para a presidência nacional do PT. “Uma mulher preparada, com uma estrada muito grande e uma história muito bonita, e tem se colocado muito presente nas lutas do povo”, diz ele. Para Coser, a vitória de Gleisi fortalece a luta das mulheres, e estimula uma presença maior delas na política. “Então é uma boa mensagem para as capixabas”, conta.
Coser também destaca a postura cotidiana da Gleisi, do dia que ela se elegeu até hoje. “O PT começa a aparecer no cenário nacional de forma muito diferente, para cima, muito otimista”, afirma.
“Gleisi é uma pessoa que, mesmo na adversidade, consegue se colocar muito bem. Tenho certeza e confiança que ela será uma grande presidenta e será um momento de mudança na própria história do partido. Ela tem muito brilho e transformará isso em luz”, diz.
Da Redação da Agência PT de Notícias