No governo do PT, Mínimo comprava 17 botijões de gás; hoje apenas 11
Com o PT, em 2003, brasileiros compravam 6,9 botijões com um salário mínimo. Hoje, o trabalhador compromete 11% do salário na compra. Entre 2003 e 2006, no primeiro mandato de Lula, o preço do gás praticamente não sofreu reajuste, ficando em até R$ 33
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Em plena crise econômica mundial, em 2008, quando Lula era presidente, um salário mínimo comprava 12,57 botijões de gás. O botijão custava R$ 33 e o gasto com esse item correspondia a 7,95% do salário mínimo.
Em 2015, na gestão da presidenta Dilma Rousseff, o salário-mínimo comprava 17,51 botijões – um botijão correspondia a 5,71% do salário mínimo, o preço do botijão era R$ 45. No governo Bolsonaro, com o gás atingindo o valor recorde de R$ 130, o salário mínimo compra apenas 9,32 botijões. Quase 11% do salário é destinado a esse item.
Entre 2003 e 2006, no primeiro mandato de Lula, o preço do gás praticamente não sofreu reajuste, ficando em até R$ 33. Considerados os oito anos do governo Lula, o aumento do produto não chegou nem a R$ 10, já que, em 2003, o preço do botijão girava em torno de R$ 30 e, no final de 2010, não chegou nem a R$ 40.
Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro considerou um absurdo o preço do gás – na época em torno de R$ 70 – e prometeu reduzir o valor. A promessa foi reforçada pelo ministro da privatização, Paulo Guedes, que garantiu reduzir pela metade o valor do botijão. Botijão a R$ 35 é mais uma mentira do governo que não se importa com o povo.
Absurdo o gás de cozinha sozinho consumir quase 1 terço da renda das famílias mais pobres. Sem falar na água e da conta de luz.
E o que sobra pra comida? Culpa desse governo que dolarizou os preços na Petrobras. Por acaso o brasileiro ganha em dólar?— Gleisi Hoffmann (@gleisi) April 3, 2022
Dolarização dos preços dos combustíveis
A política econômica e de dolarização do desgoverno Bolsonaro, conduzida por Paulo Guedes, corrói ano a ano o rendimento dos trabalhadores brasileiros. Com o segundo menor salário mínimo entre os países da OCDE, o poder de compra do brasileiro foi drasticamente afetado. Hoje, o gás de cozinha, um dos itens indispensáveis nas casas do brasileiro, corrói 11% do salário-mínimo do trabalhador.
Segundo informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, em comparação com 2020, houve queda de 11,4% na renda média real dos brasileiros. Empregados com carteira de trabalho assinada viram a renda real cair 4,0%, uma redução de R$ 97; empregados sem carteira de trabalho assinada viram o rendimento encolher 6,8%, ou R$ 111.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o botijão de 13 quilos, item essencial para preparação de alimentos das famílias, já chega a custar R$ 160.
Na média, o gás é vendido no país a R$ 112,54, uma alta de 35% em relação ao valor praticado há um ano, quando o botijão era vendido por, em média, R$ 83,11.
A dolarização dos combustíveis mantida pelo governo Bolsonaro desde sempre é justamente o motivo pelo qual o país se encontra hoje à beira de um abismo sócio-econômico. Analistas alertam para o risco de uma explosão nos preços do barril, que pode passar de U$ 200 no mercado externo. O preço do barril já sofreu valorização de 60% somente em 2022. As consequências para o Brasil, cujo povo enfrenta diariamente os infortúnios de uma inflação galopante, serão fulminantes.
O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, explica que o problema do preço dos combustíveis não é o ICMS nem a guerra entre Rússia e Ucrânia, mas sim da política de preços na Petrobras. Assista o vídeo abaixo:
Da Redação, com informações do Instituto Lula