Obra de Alckmin é paralisada e metrô de SP tem novo atraso

Um novo atraso nas obras vai deixar os usuários do metrô de São Paulo sem o trecho de prorrogação da linha 4 (amarela) ao até início de 2017, um ano a mais que a previsão inicial para conclusão. O prognóstico é do próprio governo Geraldo Alckmin (PSDB). Ele anunciou, no telejornal “SPTV” nesta quinta-feira (30), a rescisão do contrato com o consórcio construtor de duas das quatro estações programadas para o trecho.

O atraso será causado pela necessidade de lançamento de um novo edital de licitação e escolha da futura empreiteira que dará continuidade às obras, procedimento que só deverá ser concluído no início de 2016. Neste prazo, no entanto, estava prevista a entrega das estações Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie.

Ao portal “G1”, o secretário Transportes Metropolitanos do estado, Clodoaldo Pelissioni, disse que a rescisão vai resultar na cobrança de R$ 23 milhões em multa ao consórcio espanhol Isolux Corsan Corviam, que estava à frente da execução do projeto desde abril. O consórcio foi escolhido após suspensão das obras em 2014.

A alegação oficial da companhia do metrô é que houve abandono da obra, descumprimento de normas de qualidade e segurança e ausência de pagamento às empresas subcontratadas. O consórcio afirmou, no entanto, que a rescisão não partiu do governo estadual, mas do próprio grupo de empresas que tocava as obras, sob argumento de as autoridades do metrô deixaram de apresentar os projetos executivos para sua conclusão.

Além das estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire, ainda faltam ser construídas as estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Uma licitação também precisou ser aberta para concluir as obras das duas últimas estações, pois o consórcio Isolux Corsan-Corviam abandonou o canteiro.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias