Os governos do PT e o avanço do novo Nordeste
Com os governos de Lula e Dilma, avanços econômicos e sociais mudam a realidade da região do País que mais reduziu a desigualdade
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Nesta quarta-feira (24), o Nordeste brasileiro celebra o dia de São João com grandes festas populares em todos os estados da região. Mas os nove estados nordestinos têm muito mais a comemorar. O Nordeste é hoje a região do Brasil com índices de crescimento maiores que a média nacional. Entre 2003 e 2013, o Nordeste avançou de 4,1% ao ano, enquanto o país ficou na marca de 3,3%, de acordo com o Banco Central.
O desenvolvimento do Nordeste pode ser verificado na área econômica, onde políticas como a de distribuição de renda dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff permitiram que a classe média deixasse de representar 28% da população nordestina em 2002, para ser 45% em 2012. Atualmente, o Nordeste é a segunda maior em consumo, atrás apenas do Sudeste, e corresponde a 13,8% da economia nacional.
As ações do governo federal para a região também geraram empregos. Em 2002, apenas cinco milhões de nordestinos tinham emprego formal. Já em 2013, esse número passou para quase nove milhões. Somente no primeiro trimestre de 2014, foram criados 1,04 milhão de postos de trabalho, o que representa quase 60% do total de vagas abertas em todo o Brasil nesse período.
Mas é na área social que o crescimento do Nordeste mais se comprova. Em 2002, quando o presidente Lula foi eleito, mais de 21,4 milhões de nordestinos viviam em situação de pobreza. Em 2012, esse número caiu para 9,6 milhões, segundo estudo da Fundação Perseu Abramo, com base em dados do IBGE.
Outro dado que corrobora com isso é a pesquisa divulgada no Fórum Brasil Regional, em junho deste ano, que mostra que o Nordeste responde por 61% na redução da pobreza no País entre 2003 e 2013.
Em 13 anos, o Bolsa Família tem participado efetivamente da mudança na vida do nordestino, onde 66% da população vivia abaixo da linha de pobreza. São mais de 35 milhões de pessoas beneficiadas pelo maior programa de transferência de renda do mundo, que atende a sete milhões de famílias na região.
Com isso, as taxas de mortalidade infantil caíram e as de alfabetização, aumentaram. Ao refletir a melhora do índice registrado em todo o Brasil, o Nordeste teve a maior redução no número de crianças mortas na primeira infância, de 58,6%, em dez anos, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O governo federal também tem investido fortemente para afastar o fantasma da seca, como a transposição do Rio São Francisco e a implantação de cisternas no semiárido nordestino. A transposição tem gerado emprego, renda e movimentado a economia em diversas cidades. Entre janeiro e abril deste ano, o Projeto de Integração do Rio São Francisco recebeu R$ 600 milhões, mais que o dobro dos R$ 277 milhões destinados ao projeto em 2014.
A obra representará melhoria de vida para mais de 12 milhões de habitantes nos estados de Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A integração beneficiará 390 municípios e terá 18 vilas produtivas, que vão garantir moradia a 845 famílias que vivem às margens do rio. As ações de revitalização somaram R$ 1,7 bilhão.
Já o Programa Água para Todos entregou 1,2 milhão cisternas na região semiárida dos estados do Nordeste e Minas Gerais, beneficiando mais de 22 milhões de brasileiros. Somente em 2014, o governo cumpriu a meta estabelecida de instalar 750 mil cisternas que abastecem a casa de 4 milhões de pessoas.
Com o intuito de acabar com a exclusão elétrica no Brasil e levar acesso à eletricidade de forma gratuita, o governo Lula criou o programa Luz para Todos. Apenas no Nordeste, o programa já atendeu mais de 1,5 milhão de famílias, beneficiando cerca de 7,5 milhões de pessoas. A presidenta Dilma deu continuidade ao Programa, que foi prorrogado até dezembro de 2018 com o objetivo de levar energia elétrica a 228 mil famílias do meio rural de todo o País.
A educação também não ficou de fora dessa revolução no Nordeste. Sete das 18 universidades criadas nas gestões petistas estão no Nordeste. Cada uma mantém unidades em mais de um município, beneficiando 28 cidades.
Como consequência, o Nordeste mais que triplicou o número de estudantes no ensino superior. Em 2000, havia 413 mil universitários na região. Em 2012, eram 1,4 milhão. O número de cursos de doutorado e mestrado cresceu 33% entre 2010 e 2012 no Nordeste.
De acordo com o prefeito de João Pessoa (PB), Luciano Cartaxo (PT), os números comprovam que a região recebeu atenção especial dos governos do PT. “Numa cidade como João Pessoa, basta uma volta rápida para perceber a mudança do cenário em todos os bairros”, avalia.
Cartaxo ressalta que as parcerias entre Prefeitura e Governo Federal têm alcançado muito sucesso, sobretudo na área da educação.
“A educação infantil está mudando completamente, com creches num padrão superior as escolas privadas. O mesmo será verificado no ensino fundamental, com as escolas em tempo integral que estão em construção. Essas conquistas todos reconhecem”, destaca.
Por Luana Spinillo e Cristina Sena, da Agência PT de Notícias