Palco de luta, ato de 60 anos do Sindicato do ABC exige Lula Livre
Aniversário foi celebrado neste sábado (11) e reuniu milhares de pessoas em defesa do ex-presidente, entre elas cantores, artistas e lideranças políticas
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Símbolo da luta dos trabalhadores e trabalhadoras, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi palco, mais uma vez, de luta pelos direitos dos trabalhadores e da defesa da liberdade do ex-presidente Lula, que por décadas ajudou a construir a democracia brasileira a partir do sindicato. Milhares se reuniram neste sábado (11) para celebrar a data no mesmo local que, há pouco mais de um ano, tornou-se palco de resistência durante o processo de prisão política de Lula.
O Sindicato foi fundado em 12 de maio de 1959 e é considerado a segunda casa de Lula. Desde sua criação cumpre sua trajetória em defesa dos direitos do povo brasileiro. O aniversário contou com atividades culturais e artísticas e, logo depois, com um ato político que contou com as presenças de diversas lideranças, como o presidente do sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, o vereador Eduardo Suplicy, o ex-ministro Luiz Marinho, dentre outros.
Durante o evento, os presentes realizaram o tradicional “boa noite, presidente Lula” em harmonia com a Vigília Lula Livre em Curitiba, e diversos membros de sindicatos mandaram depoimentos em celebração ao aniversário de 60 anos e em gratidão a Lula por sua história com a entidade.
Lula enviou uma carta em homenagem ao aniversário, que foi lida pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana. Wagnão mostrou muita emoção ao falar do companheiro de tantos anos e relembrar o dia em que Lula foi preso injustamente “Eu quero lembrar que em abril do ano passado estivemos aqui protegendo nosso companheiro, que surgiu para o mundo liderando essa categoria. Companheiros e companheiras que nunca tinham se visto estavam acalmando uns aos outros, depois da decisão que Lula tomou, e ele só decidiu se entregar porque ele percebeu que muitos estavam dispostos a dar a vida para protegê-lo, portanto o ultimo ato de Lula Livre aqui nesse sindicato foi um ato pensando, como sempre, no melhor para o povo”.
Wagnão também explicou porque Lula foi e é o maior líder que esse país já teve. “Ele se tornou o maior presidente desse país porque anda conosco, porque compreende os problemas dos trabalhadores. Companheiro Lula é um sequestrado de uma justiça que quis intervir na nossa democracia e que como prêmio recebeu um cargo no ministério, é contra isso que temos que lutar e combater, contra um governo que quer impor um regime autoritário contra tudo aquilo que nós já conquistamos”.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos relembrou a importância do sindicato para o povo brasileiro “a historia desse sindicato é a história da luta dos trabalhadores e das trabalhadoras desse país. Quando nosso povo vivia a ditadura vieram as greves organizadas por esse sindicato, e elas ajudaram a derrotar o regime ditatorial, e permitiu que nós estivéssemos aqui hoje”.
Ele também falou da sua gratidão por Lula e a importância política que o ex-presidente tem para o Brasil. “Além do seu papel na luta por direitos, esse sindicato foi responsável por criar uma das maiores lideranças desse país, meu companheiro Luiz Inácio Lula da Silva, sequestrado em um processo injusto. O Lula é um preso político e a luta pela democracia no Brasil passa pela liberdade do Lula, essa é a luta de todos e todas que defendem a democracia”.
Os presentes no ato convocaram todos e todas a irem para as ruas para participar da manifestação dos trabalhadores da educação no dia 15 de maio. O ex-ministro da Previdência Social, Luiz Marinho contou que quando foi visitar Lula ele pediu que o povo não perdesse a esperança e continuasse a resistência e “resistir significa apoiar os professores. Defender Lula Livre é defender a democracia, e é por ele que nós convocamos a resistência”.
O encerramento do ato teve uma grande queima de fogos, enfervecendo a multidão que gritava em coro “olê, olê,olá, Lula” e exigia justiça e a liberdade de Lula.
Por Jéssica Rodrigues, da Agência PT de Notícias