Para Dilma, golpistas não querem povo consciente dos direitos
Em ato no Pará, a presidenta eleita lembrou que sempre que a elite brasileira ficou descontente com um governo, ela tentou derrubá-lo
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Em Belém (PA), a presidenta eleita Dilma Rousseff discursou para uma multidão que lotou a Praça Floriano Peixoto, na noite desta quinta-feira (30).
Além de denunciar o golpe em curso no Brasil, a presidenta também ressaltou os ataques dos golpistas à Educação.
“Está em risco as nossas conquistas. Um povo educado é um povo que tem consciência dos seus direitos, é um cidadão crítico. E isso eles não querem, por isso querem reduzir o dinheiro da educação”, afirmou.
Dilma lembrou que os próprios golpistas já admitiram as razões do golpe, e que ela não cometeu crime de responsabilidade.
“A senadora que é hoje líder do governo disse que de fato não têm pedaladas fiscais”, destacou.
A presidenta perguntou aos paraenses se eles “aprovaram redução dos gastos em saúde e educação”, e que essa redução duraria 20 anos, como é a proposta do golpista Michel Temer.
“Alguém aqui aprovou essa redução? Alguém aqui aprovou um governo sem mulheres e sem negros? Eles não passariam esse programa que estão defendendo nas urnas. Por isso o golpe. Sempre no Brasil que a elite ficou descontente com um governo, ela tentou afastá-lo”, completou.
Ordem do Mérito Cabanagem
Na visita ao Pará, Dilma também recebeu o título de cidadã paraense e a Ordem do Mérito Cabanagem da Assembleia Legislativa do estado.
Dilma afirmou estar muito “comovida, honrada e orgulhosa” com os títulos.
“Para mim é uma homenagem muito grande receber aqui o título de cidadã paraense. Recebo esse título com muito carinho. Me sinto honrada como lutadora pela democracia”, destacou.
A presidenta eleita ainda declarou que os presentes àquela praça estão fazendo história e chamou a todos de “queridos”.
“Chamo vocês de queridos e queridas porque essa palavra carinhosa é símbolo também de uma forte resistência contra aqueles que quiseram nos colocar de joelhos., mas jamais conseguirão. Nunca conseguiram e não conseguirão”, afirmou.
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias