Para Evo Morales, há ‘tentativa de golpe’ no Brasil

Segundo o presidente da Bolívia, ‘um golpe parlamentar’ está em curso no Brasil, como já houve no Paraguai, quando da destituição do ex-presidente Fernando Lugo

Paris - França, 29/11/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante encontro bilateral com Presidente da Bolívia, Evo Morales. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O presidente da Bolívia, Evo Morales, declarou que há em Brasília uma tentativa de golpe parlamentar contra a presidenta Dilma Rousseff, segundo entrevista publicada nesta sexta-feira (11) no jornal argentino “Página 12”.

“É um golpe parlamentar sendo amadurecido. Já houve um golpe no Congresso do Paraguai e, agora, está passando no Brasil”, disse Morales ao recordar da destituição do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, em 2012, então substituído por seu vice, o liberal Federico Franco.

O presidente boliviano participou da cerimônia de posse de Maurício Macri na presidência da Argentina, onde vários chefes de Estado da América Latina estiveram reunidos.

Morales mencionou ainda, na entrevista, a União das Nações Sul-americanas (Unasur) enquanto instância para debate de práticas que porventura questionem as regras democráticas na região.

“Na Unasur temos uma cláusula em temas democráticos, por isso respeitamos o presidente que ganha e nos colocamos a trabalhar em conjunto. Pode haver diferenças ideológicas ou programáticas, mas cada país tem sua particularidade”, afirmou.

Solidariedade – Na cerimônia de posse do presidente eleito da Argentina, Dilma recebeu manifestações de solidariedade dos demais vizinhos.

Conforme publicou o jornal “Estado de S. Paulo”, ao término da programação na Casa Rosada, sede do governo argentino, a presidenta Dilma conversou com os presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Chile, Michelle Bachelet; do Peru, Ollanta Humala; do Paraguai, Horácio Cartes; do Equador, Rafael Corrêa; e da Colômbia, Juan Manuel Santos.

“Todos sem exceção”, nas palavras de um assessor, manifestaram de alguma forma solidariedade ou apoio em relação ao impeachment.

Alguns deles, entre os quais Morales, teriam se oferecido para manifestar publicamente repúdio ao pedido de afastamento de Dilma.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Estado de S. Paulo”

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