‘Para o PT é propina e para os demais são doações?’, questiona Rui
Em entrevista, presidente nacional do partido defendeu investigações sem direcionamentos políticos e com a presunção da inocência
Publicado em
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, questionou, em entrevista à “Rádio Gaúcha“, nesta sexta-feira (27), o tratamento seletivo da mídia e do processo investigatório feito na Operação Lava Jato em relação às doações recebidas pela legenda.
“Por que o PT recebe propina e os demais recebem doações?”, questionou.
“Não recebemos propina. Não fazemos caixa dois. Não se pode acusar o PT de receber propina e dizer que todos os outros partidos recebem doações”, enfatizou.
“Todas as empresas que doaram para nós doaram para o PSDB, para o PMDB, PSB, PSD. Não vejo nenhuma razão para a seletividade”, criticou.
Falcão defendeu o prosseguimento das investigações feitas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato e relembrou os mecanismos de combate à corrupção criados pelos governos da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Só foi possível desmontar esse esquema de corrupção porque os nossos governos criaram instituições, mecanismos de controle e fiscalização que antes não existiam e a corrupção era escondida debaixo do tapete”, explicou.
No entanto, o presidente nacional do PT também defendeu que as investigações sejam feitas sem direcionamentos políticos e com a presunção de inocência. Para ele, a condenação deve ser feita, apenas, com provas.
Sobre o secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, Falcão ressaltou que não existem provas contra o petista. “Não há provas contra ele, a não ser delação de bandidos. Ele vai à CPI esclarecer, está à disposição da Justiça e já depôs na PF”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias