Parlamentares cobram convocação de Fábio Wajngarten por fake news
Secretário de Comunicação de Bolsonaro foi ligado por testemunhas ao “Gabinete do Ódio” responsável por ataques coordenados nas redes sociais
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Na primeira reunião da CPMI das Fake News deste ano, realizada nesta quarta-feira (5), parlamentares de Oposição ao governo Bolsonaro cobraram agilidade na convocação do secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten.
Em outubro do ano passado foi aprovado requerimento de convocação do secretário de Bolsonaro por suposta ligação ao que ficou conhecido como “Gabinete do Ódio”. Estrutura montada dentro do Palácio do Planalto para disseminar notícias falsas e coordenar ataques a reputações por meio das redes sociais.
“Todos estão acompanhando uma campanha de linchamento político, ideológico da cineasta Petra Costa que está concorrendo ao Oscar. O que chama a atenção é que uma das principais fontes para esses ataques é a Secretaria de Comunicação da Presidência. Isso se constitui crime pela utilização do dinheiro público para atacar uma pessoa. Isso não está entre as atribuições da Secretaria e do secretário”, disse Humberto Costa (PT-PE), lembrando que Fábio Wajngarten também é alvo de denúncias graves de corrupção.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), coordenada por Wajngarten, utilizou sua conta oficial no Twitter para atacar a cineasta Petra Costa e chamá-la de “militante anti-Brasil”.
Nesta semana a Polícia Federal abriu inquérito para apurar se o secretário de Bolsonaro é culpado pelos crimes de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos) e advocacia administrativa – quando alguém usa a administração pública para interesses privados.
“Fábio Wajngarten tem uma série de indícios de que tenha se beneficiado de verbas do governo através de suas empresas, de forma direta e indireta. Além disso, também há indícios da coordenação dele no Gabinete do Ódio. Seria muito pertinente para que possamos dar consequência a esse desejo de justiça que vemos expresso com muita veemência”, enfatizou o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT no Senado.
Por PT no Senado