Pepe Vargas: “Vamos denunciar a decisão política do Tribunal”
Em entrevista para o jornal “Pioneiro”, presidente do PT gaúcho avalia futuro da sigla e diz que brasileiros não aceitam a agenda do golpe
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Presidente do PT do Rio Grande do Sul, o deputado federal Pepe Vargas, fez um balanço sobre os atos em defesa da democracia e de Lula em Porto Alegre e falou sobre as ações que a legenda irá tomar a partir da decisão do TRF-4.
Em entrevista concedida ao portal “Pioneiro“, Vargas declarou: “Vamos denunciar essa decisão política do Tribunal, que não falou nada sobre as provas do processo, que tangenciou todas as questões da defesa e vamos continuar com a candidatura do Lula. Ele terá o registro, terá uma disputa judicial obviamente e, se o TSE julgar de acordo como ele vem julgando nos últimos anos, Lula será candidato”, declarou Pepe Vargas, lembrando que em 2016 140 prefeitos concorreram sub judice. Na última quinta-feira (25), em reunião ampliada da Executiva Nacional do PT, Lula foi oficializado como pré-candidato à Presidência pelo partido.
O deputado questionou o posicionamento dos desembargadores que dedicaram boa parte do tempo da sessão de julgamento para tecer elogios e defender o juiz e primeira instância Sergio Moro.
“O Leandro Paulsen (desembargador) cometeu um ato falho, que qualquer cara que conhece como funciona o Tribunal, ficou escandalizado. Ele disse que “com as alegações da defesa, encerramos essa parte da reunião e vamos dar cinco minutos de intervalo para ler o voto”.
Como assim? Quer dizer que as alegações da defesa não foram consideradas. Estava com o voto pronto. Isso é um escândalo”.
Questionado sobre o futuro do PT, Pepe Vargas afirmou que os brasileiros já perceberam as consequências do golpe e a maioria já rejeita a pauta conservadora implantada no país. Por isso e também pela memória dos governos Lula, o ex-presidente segue em primeiro lugar nas pesquisas.
Sobre o cenário regional, Pepe afirmou que o PT lançou o ex-ministro Miguel Rossetto como pré-candidato ao governo do RS e que segue conversando com outros partidos de centro esquerda.
“Entendemos que os partidos que podemos conversar são os que estão conosco no processo de resistência, como PCdoB, PSOL, PDT e o PSB se desembarcar do governo (José Ivo) Sartori. O senador (João) Capiberibe (do Pará) veio representar o PSB no ato em Porto Alegre”.
Da Redação da Agência PT de Notícias com Pioneiros.clicrbc.com.br