PF cumpre sete mandados de busca e apreensão da Operação Zelotes

O ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes é suspeito de receber R$ 1,65 milhão de uma empresa investigada pela Zelotes

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PF invadiu a UFMG nesta quarta-feira (6)

Uma nova etapa da Operação Zelotes, deflagrada nesta quinta-feira (8), levou a Polícia Federal a escritórios de advocacia e residências, em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ). Os agentes cumpriram pela manhã sete mandados de busca e apreensão relacionados a um único conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), cujo nome não foi divulgado.
A operação Zelotes investiga as supostas fraudes praticadas por conselheiros do Carf, órgão ligado à Receita Federal. Deflagrada em março, a Zelotes descobriu um esquema de pagamento de propina a integrantes do órgão vinculado ao Ministério da Fazenda e responsável por julgar recursos de multas aplicadas pela Receita Federal.
Em troca de suborno, conselheiros votavam em favor da redução e, em alguns casos, do perdão das multas das empresas que os corrompiam. De acordo com a PF, trata-se de um dos maiores esquemas de sonegação fiscal do Brasil, e envolve processos que somam R$ 19 bilhões, com prejuízo calculado em R$ 6 bilhões aos cofres públicos.

Ministro envolvido – O ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes é suspeito de receber R$ 1,65 milhão de uma empresa investigada pela Zelotes, por envolvimento com as fraudes fiscais.

Segundo a PF e o Ministério Público Federal, Nardes foi sócio da Planalto Soluções e Negócios, até 2005. A empresa era registrada em nome de Carlos Juliano, sobrinho do ministro.

Relator das contas da presidente Dilma Rousseff no TCU, Nardes e o sobrinho teriam recebido, por meio da Planalto Soluções, pagamentos da SGR Consultoria, envolvida no pagamento de propina a conselheiros do Carf.

As investigações apontam pagamentos feitos pela SGR, entre 2011 e 2012, às pessoas identificadas apenas como “Tio” e “Ju”, possíveis referências à Nardes e ao ao sobrinho Carlos Juliano.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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