Política econômica de Bolsonaro provoca desemprego que atinge mais de 26 mi
Dados do IBGE apontam que 38,3 milhões de brasileiros continuam trabalhando na informalidade
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A taxa de desemprego no Brasil encerrou o trimestre em 11,2% de acordo com os dados da Pesquisa nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 26,390 milhões de pessoas desempregadas no País.
“Esses números do IBGE refletem a imobilidade do governo Bolsonaro, que durante a campanha eleitoral nunca apresentou nenhuma proposta para a geração de empregos e que desde que tomou posse não adotou nenhuma política efetiva para combater o problema do desemprego. Esse número só não é pior por causa do aumento da informalidade”, denunciou o deputado Vander Loubet (PT-MS).
Para a deputada Rejane Dias (PT-PI) o governo de Bolsonaro não está sendo capaz de gerar emprego. “Infelizmente, a pesquisa mostra um Brasil estagnado, com economia patinando, desemprego e informalidade, além da flagrante precarização do trabalho. Até agora, o governo brasileiro não foi capaz de retomar o emprego, mas continua tentando retirar direitos dos trabalhadores”.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) usou suas redes sociais para denunciar que o Brasil vive uma epidemia de incompetência. “Vai colocar a culpa do desemprego no coronavírus também? O Brasil não vive uma epidemia de gripe. Vive uma epidemia de incompetência, isso sim”.
Informalidade
O relatório também mostrou que a taxa do trabalho informal continua elevada. São 38,3 milhões de brasileiros que continuam trabalhando na informalidade. No ano passado a informalidade atingiu o maior nível desde 2016 e foi recorde em 19 estados e no Distrito Federal.
Para Vander Loubet a informalidade é a precarização dos empregos. “Para alguns, a informalidade pode ser vista como algo bom, como uma oportunidade, mas não podemos nos enganar: a informalidade significa a precarização dos empregos, significa que as pessoas têm que trabalhar mais horas ganhando remunerações menores. É importante a gente destacar que todo o trabalho é honrado, todo o esforço dos trabalhadores para colocar comida na mesa precisa ser reconhecido, mas a verdade é que a “uberização” não traz vantagem nenhuma para o trabalhador. O Brasil precisa retomar o caminho da geração de empregos formais, com carteira assinada, empregos que garantem mais direitos e mais estabilidade ao trabalhador”, afirmou Loubet.
Inatividade
A população fora da força de trabalho (que não estava empregada e nem procurando emprego, com 14 anos ou mais de idade) registrou aumento de 1,3% no trimestre móvel até janeiro, com 873 mil pessoas indo para a inatividade. Esse contingente é um recorde para a pesquisa domiciliar de mercado de trabalho do IBGE, que foi iniciada no primeiro trimestre.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) criticou a política econômica usada por Paulo Guedes e Bolsonaro. “O fato é que a política econômica de Bolsonaro e Paulo Guedes já deu errada. Economia não cresce com políticas neoliberais e antipovo”.
Por PT na Câmara