Presidente da CUT diz que Lula está preso porque “enfrentou o capitalismo”

Vagner Freitas defendeu que cada movimento social e sindical mobilize pessoas para a vigília em Curitiba e fortaleça o movimento nos estados

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Emir Sader e o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, conclamou os trabalhadores brasileiros a se organizar e defender a liberdade de Lula nas suas bases. A convocação foi feita nesta terça-feira (10), durante ato no acampamento Lula Livre em Curitiba, maior foco de denúncia e resistência contra a prisão injusta e ilegal do presidente mais popular do Brasil. “Lula é preso político e só está preso por ter anunciado o referendo revogatório da Reforma Trabalhista”, lembrou Freitas.

Na avaliação do presidente da CUT, os trabalhadores têm que considerar a liberdade de Lula como uma bandeira a ser incluída na campanha salarial. “Lula é a defesa do trabalhador, Lula é quem vai revogar a Reforma Trabalhista. Com Lula nossa Previdência não será entregue ao capital”, enfatizou.

Vagner Freitas defendeu que cada movimento social, sindical mobilize as pessoas para que participem da vigília em Curitiba e fortaleça o movimento nacional nos estados. “Temos que lutar diariamente até a liberdade de Lula. Ele tá preso porque enfrentou o capitalismo, porque não vai deixar vender as nossas riquezas naturais, porque não vai privatizar a Eletrobras, a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica”, destacou.

A CUT já definiu calendário com atos no dia 17 de abril – Dia Nacional de Mobilização contra dois anos do golpe; no dia 26 de abril haverá ato no Rio de Janeiro para defender a Petrobras; e no 1º de maio, as manifestações acontecerão em todas as capitais e cidades do interior em defesa dos direitos e de Lula livre.

Lula é o nosso candidato

O secretário nacional de Comunicação do PT, Carlos Árabe, também participou da manifestação desta terça-feira, em Curitiba, e frisou que é fundamental manter a mobilização para garantir a liberdade do ex-presidente. “Temos que manter essa mobilização até que ele (Lula) saia e fique conosco. Ele vai se apresentar no dia 15 de agosto como nosso candidato e vai vencer os dois turnos. Só Lula pode acabar com esse golpe”.

O sociólogo Emir Sader ao se pronunciar durante a manifestação, falou da importância de denunciar a ditadura do Judiciário e as ilegalidades do processo e da condenação do ex-presidente.

“Os que deveriam cuidar da democracia (Justiça) se tornaram chacais. Nosso papel é trazer aqueles que estão apáticos para a reação e como tudo isso também transforma a vida deles. Agora Moro quer impedir que os governadores, que Mujica visitem Lula. Precisamos denunciar essas arbitrariedades e continuar a pressão política”. O sociólogo se refere aos governadores do Nordeste e de Minas que estão em Curitiba para visitar o ex-presidente, mas o juiz Sérgio Moro limitou as visitas.

Do PT na Câmara, com informações do site da CUT

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