Produção de etanol de 2G é grande salto para o futuro, defende Dilma

Durante inauguração de fábrica, presidenta ressaltou a importância das medidas econômicas adotadas recentemente e garantiu que o Brasil vai “voltar a crescer dentro do seu potencial”

Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração da Unidade de Produção de Etanol 2G da Raízen. Foto: Ichiro Guerra/PR

A presidenta Dilma Rousseff participou, nesta quarta-feira (22), da inauguração da fábrica piloto para a produção de etanol de segunda geração em Piracicaba, São Paulo.

“Estamos realizando um salto em direção ao futuro”, disse, durante a cerimônia.

Na avaliação da presidenta, a inauguração da fábrica é a materialização do sonho de muitos que trabalham no setor sucroalcooleiro. O empreendimento custou R$ 237 milhões. Parte são recursos – R$ 27,7 milhões – são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O projeto foi um dos selecionados pelo Inova Empresa, na linha estratégica do Plano Nacional de Apoio à Inovação Tecnológica e Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (Paiss).

“Um dos maiores desafios de produzir energia de forma sustentável está na área de combustíveis. Os passos em direção a um melhor tratamento da questão do clima passam necessariamente por essa matriz”, defendeu a presidenta, ao destacar a importância do investimento em energia limpa para o meio ambiente.

Produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar, o etanol de segunda geração emite 15 vezes menos carbono na atmosfera do que o de primeira geração e pode ampliar a produção em até 50% sem necessidade de aumentar a área de cultivo.

A inovação será uma das medidas apresentadas pelo Brasil durante a Conferência das Partes (Cop 21), em dezembro, em Paris, que vai debater as mudanças climáticas.

“Nos manteremos na vanguarda da produção e do uso de etanol. Uma rota inovadora que implica em maior produção, maior produtividade, mais e melhores empregos e coloca o Brasil em uma posição especial nessa nova etapa na longa história do etanol como um dos combustíveis alternativos ao petróleo”, ressaltou Dilma.

Economia – A presidenta afirmou que a inovação tecnológica em todas as esferas é o caminho para o fortalecimento econômico do País. “Estamos em uma travessia. Sabemos que o superciclo das commodities se encerrou, e nessa travessia vamos buscar sempre maior produtividade, menores custos e maior inovação para garantir empregos e crescimento no país, a curto, médio e longo prazos”, destacou.

Dilma Rousseff lembrou o conjunto de medidas adotadas pelo governo para superar a crise, como o Plano Nacional de Exportações e o Plano de Concessões, além da manutenção de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.

“Hoje perseguimos o equilíbrio das contas públicas, parte essencial para que a economia se recupere. Tomamos um conjunto de medidas e algumas já estão dando resultados, como o realinhamento de preços e o aumento da mistura do etanol na gasolina. E tem dado resultado o aumento também do fato de que tem havido aumento nas exportações”, detalhou.

“Iremos voltar a crescer dentro do nosso potencial. Nosso objetivo é consolidar a expansão da classe média no Brasil porque queremos que o Brasil seja um país de classe média e, ao mesmo tempo, queremos competitividade em relação aos demais países”.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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