Produção do pré-sal bate novo recorde e desmente pessimistas

Segundo previsões de especialistas, até 2020 a reserva será responsável por 53% de toda a produção da Petrobras

Foto: Agência Brasil

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A presidenta Dilma com Graça Foster (Petrobras) e o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão: novo recorde de produção

Apenas oito anos após a descoberta de suas reservas, o pré-sal supera a expectativa de produção e contraria as previsões pessimistas de setores da imprensa e do mercado especulativo. A Petrobras divulgou nesta terça-feira (1º) a produção recorde de 500 barris diários de petróleo extraídos das reservas da região.

A conquista foi celebrada pela presidenta Dilma Rousseff e pela presidente da Petrobras, Graça Foster, como prova da capacidade da empresa brasileira de explorar as reservas brasileiras. “Agora, sem dúvida nenhuma, o petróleo do pré-sal é nosso”, declarou Dilma.

“O recorde torna irreversível o papel estratégico da Petrobras no ciclo de desenvolvimento do País”, disse a presidenta Dilma Rousseff, durante cerimônia , nesta manhã, no Rio de Janeiro.

No último dia 24 de junho o volume extraído das bacias de Santos e Campos chegou a 520 mil barris de petróleo e gás natural.

Há quase 30 anos, a Petrobras alcançou a produção total de 500 mil barris de petróleo por dia. Hoje, a marca é superada apenas com o que é extraído dos campos do pré-sal.

A produção total de petróleo passou de um milhão e 918 mil por dia, para dois milhões e 59 mil diários, em 2013. Já as reservas do pré-sal que rendiam em abril 412 mil barris, atingiram a marcar 470 mil barris em maio.

A previsão é que até 2020, essa reserva seja responsável por 53% de toda a produção da estatal, somando 4,2 milhões de barris por dia.

“A Petrobras passa agora a ter acesso a maior volume de petróleo disponível no mundo”, afirmou Dilma.

Pessimistas – O resultado anunciado hoje desmorona por terra as previsões pessimistas feitas por parte da imprensa. “O petróleo do pré-sal só existe na campanha do governo”, era o título da publicação da coluna do economista Carlos Alberto Sardenberg, no G1, em setembro de 2008. O texto dizia que o governo confiava demais no pré-sal e que a Petrobras não tinha tecnologia suficiente para explorar a área.

Assim como lembrou o jornalista Eduardo Guimarães em seu blog, até o jornal norte-americano Washington Post publicou no início do ano uma reportagem onde afirmava que o petróleo do pré-sal brasileiro não passava de pura “euforia” e que a existência das reservas era questionável.

“A Petrobras mostrou que o pré-sal é uma riqueza palpável, que é tangível, e, acima de tudo, que pertence ao povo brasileiro”, declarou a presidenta Dilma.

A presidenta da Petrobras lembrou a importância da reserva excedente dos novos campos do pré-sal, contratados na semana passada pelo governo para exploração direta da Petrobras nos próximos anos. O volume previsto de 10 a 15 bilhões de barris levará a empresa a produzir uma média de 4,2 milhões de barris de petróleo por dia, a partir de 2020.

Na ocasião, Dilma ressaltou a importância do fortalecimento da Petrobras para impulsionar a indústria brasileira. “Tudo que puder ser produzido no Brasil será produzido aqui”, disse. Segundo ela, o petróleo é parte da grande riqueza nacional e reflete em benefícios para a população brasileira. Somente com o recurso adicional advindo do pré-sal, o governo irá repassar para a saúde e educação R$ 1,3 trilhão nos próximos 35 anos.

O resultado expressivo do pré-sal veio em menos tempo que a exploração de outros campos em águas ultra profundas pelo mundo. A exploração do Golfo do México levou 19 anos para atingir o mesmo nível de produção da Petrobras no Brasil. As reservas do Mar do Norte, levaram nove anos.

 

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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