Programa supera metas e alcança mais de 50 milhões de brasileiros
Segundo a presidenta Dilma, o programa atende hoje 50 milhões de pessoas em cerca de 3,8 mil municípios
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Criado em 2013 pelo governo federal para ampliar o atendimento médico na rede pública, o Mais Médicos superou as expectativas. Hoje, mais de 50 milhões de pessoas podem contar com um médico próximo de casa. A presidenta Dilma Rousseff fez um balanço dos avanços do programa na manhã desta segunda-feira (30), em entrevista ao programa Café com a Presidenta.
“Compromisso assumido é compromisso cumprido. Mesmo quando a receita para solucionar o problema não é simples”, disse.
“E o Mais Médicos não era simples, teve muita resistência, de poucas pessoas, mas muita resistência”, contou.
Até o momento, 100% dos municípios que solicitaram o envio de médicos foram atendidos. A presidenta explicou que não foram incluídos os municípios nos quais não houve solicitação de inclusão na iniciativa.
São Paulo foi o estado que mais recebeu profissionais. Foram encaminhados mais de dois mil médicos do programa para a região, que oferecem atendimento a 7,4 milhões de paulistas.
São mais 14 mil novos médicos contratados, brasileiros e estrangeiros, em atuação no 3.819 municípios de todo o País. Os profissionais dão atendimento em saúde básica à periferia de grandes cidades, regiões mais distantes dos grandes centros urbanos e terras indígenas.
Tudo isso em apenas oito meses, destacou a presidenta. “O Mais Médicos, sem dúvida, está mudando para muito melhor a qualidade da atenção à saúde pública no Brasil”, disse.
Levantamento – Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostrou uma queda de 21% no número de pacientes encaminhados a hospitais por postos de saúde em regiões onde há atendimentos do Mais Médicos.
Somente em janeiro de 2014, o programa já havia permitido um aumento de 35% no número de consultas em postos de saúde, em comparação com o mesmo mês no ano passado. No mesmo período, o número de atendimentos de pré-natal nos postos cresceu 11%; e o atendimento aos diabéticos aumentou 44,5%.
Segundo a presidenta, estes números refletem diretamente na diminuição da mortalidade infantil, da mortalidade materna e da mortalidade de diabéticos e hipertensos.
“Quando a gente trata o problema de saúde lá na base, lá no posto de saúde do bairro, a gente trata as doenças no seu início. Assim, você consegue controlá-las e até curá-las, e isso desafoga os hospitais e os serviços de urgência”, explicou Dilma.
Outra meta do programa é abrir mais vagas nas faculdades de medicina e criar novos cursos, para solucionar a demanda de profissionais no mercado. A previsão é de que até 2017 sejam criadas 11,5 mil novos cursos de Medicina e 12,4 mil vagas para residência médica.
A maioria delas será criada em cidades do interior. Segundo Dilma, esta é uma estratégia fundamental para fixar os médicos na própria região onde são formados. “Isso faz parte do nosso esforço de descentralizar a graduação e a especialização de médicos, que antes só se formavam nos grandes centros urbanos, em especial nas regiões Sul e Sudeste do país”, explicou.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias