PT aciona Conselho de Ética da Câmara contra Gilvan da Federal por quebra de decoro

Humberto Costa (PT-PE) e Lindbergh Farias (PT-PE) pedem análise das declarações do bolsonarista contra Lula e sanções cabíveis, incluindo perda do mandato

Vinicius Lores / Câmara dos Deputados

Na Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado na Câmara, o bolsonarista declarou querer Lula "morto"

O presidente nacional do PT, senador Humberto Costa (PE), e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), protocolaram nesta quarta-feira (9), no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, representação contra o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por ataques contra o presidente Lula, durante sessão da Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado.

Eles pedem a abertura de processo disciplinar para apurar flagrante incompatibilidade com o decoro parlamentar e, consequentemente, a aplicação das sanções cabíveis, inclusive a perda do mandato.

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De acordo com a representação, na sessão da Comissão de Segurança, Gilvan da Federal afirmou claramente que quer ver o presidente morto. “Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra”, afirmou o deputado.

Para o PT, a manifestação deixou claro que o bolsonarista excedeu os limites da imunidade parlamentar e feriu o decoro, conforme o artigo 55 da Constituição Federal. Os petistas denunciam ainda que o extremista de direita incitou a violência fazendo apologia de prática de ato violento contra o Chefe do Poder Executivo Federal, “no contexto de aprovação de um projeto de lei flagrantemente inconstitucional por violação da separação dos poderes”. O projeto aprovado propõe desarmar a segurança pessoal do presidente Lula e de todos os ministros de estado.

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“Não é demais recordar que se encontra sob investigação, processo e julgamento o caso conhecido como operação Punhal Amarelo que tinha, dentre seus objetivos, o homicídio de autoridades, especialmente do presidente da República”, argumentam os parlamentares, no documento encaminhado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).

Além de uma ampla investigação dos fatos, a representação também pede “a aplicação das sanções cabíveis, inclusive a perda do mandato, na forma do artigo 57, II, da CF, do Regimento Interno e do Código de Ética e Decoro Parlamentar”.

Acesse a íntegra do documento clicando aqui.

Da Redação

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