Reflexo do desastre com a Enel, população de SP rejeita privatização da Sabesp
Pesquisa da Quaest revela que 52% da população de São Paulo é contra a privatização da Sabesp, cujo leilão está previsto para acontecer no inicio do segundo semestre
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Pesquisa da Quaest, realizada entre os dias 4 e 7 de abril, revela que a maioria da população de São Paulo é contra a privatização da Sabesp, cujo leilão está previsto, pelo governo Tarcísio de Freitas, para acontecer no inicio do segundo semestre deste ano.
O Instituto de pesquisa registra que 52% dos paulistas posicionam-se contrários à ideia de privatizar a Cia de Saneamento do Estado, diante de 36% favoráveis. Análise da empresa indica que esses índices podem ser justificados pelo que define como “contaminação” da ENEL (empresa de distribuição de energia em SP), com frequência acusada de negligenciar no fornecimento deste serviço.
É uma possibilidade, diante das constantes notícias sobre problemas com energia elétrica, ou a falta dela que atingem milhares de residências, escritórios, comércios e empresas em diferentes regiões do estado. A recorrente experiência negativa, desde que a então Eletropaulo (estatal) passou para a ENEL (empresa privada, multinacional italiana), ao que parece, influi fortemente no posicionamento acerca da privatização da Sabesp.
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Regionalizada, a pesquisa indica que 61% dos paulistanos são contra a privatização da Sabesp, enquanto outros 29% têm posição favorável. Coincidência, ou não, recente apagão na região central da cidade de São Paulo fez com que milhares de residências ficassem no escuro durante todo um final de semana.
De olho no calendário eleitoral, o prefeito Ricardo Nunes vocifera, pede punição e ameaça suspender a ENEL na Capital, em razão da má qualidade dos serviços de energia elétrica e no atendimento da empresa ao público. Mas, ao lado do governador Tarcísio de Freitas, é entusiasta da privatização da Sabesp, enquanto os paulistanos emitem sinais de sabedoria ao rejeitar a privatização.
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Da Redação