Retomada do crescimento é desafio dos petistas na volta do Congresso
Deputados e senadores do partido também têm a missão de barrar o avanço de pautas conservadoras como o avanço do Estatuto da Família, a redução da maioridade penal e mudanças na exploração do pré-sal
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Os parlamentares do Partido dos Trabalhadores no Congresso Nacional voltam ao trabalho nesta terça-feira (2) com desafios a serem enfrentados na busca pela retomada do crescimento econômico e com a missão de garantir estabilidade ao governo da presidenta Dilma Rousseff.
O início do ano legislativo será marcado com sessão, às 15h, no plenário da Câmara dos Deputados. A cerimônia terá a presença do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que irá representar a presidenta na entrega da mensagem do Executivo ao Congresso.
No dia seguinte, nova eleição deve marcar a escolha dos líderes do partido na Câmara e no Senado, com a presença dos 59 deputados e dos 12 senadores da sigla.
Para o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a eleição dos novos líderes das bancadas do PT na Câmara e no Senado deve renovar os ânimos e a determinação dos petistas. “Toda vez que há uma renovação, a legislatura começa com mais entusiasmo. A bancada se coesionou, mais recentemente no episódio do Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o que deu novo fôlego para os trabalhos. E acho que eles vão entrar com todo o gás, tanto na Câmara, quanto no Senado”, declarou à Agência PT, na semana passada.
O dirigente reforçou a necessidade de barrar o avanço de pautas conservadoras, orientação formulada durante a Comissão da Executiva Nacional, no último dia 26 de janeiro. Entre os projetos a serem enfrentados estão o PL 6583/2013, do Estatuto da Família; a PEC 171/1993, da Redução da Maioridade Penal; oPL 5069/2013, da Criminalização de Vítimas de Violência Sexual; o PL 3722/1012, do Estatuto do Desarmamento.
“Queremos aprovar o que está represado, como a CPMF e a DRU (Desvinculação de Receitas da União), pautas que signifiquem a retomada do crescimento econômico e, ao mesmo tempo, uma pauta de combate aos projetos de retrocesso, como é o caso da redução da maioridade penal e do Estatuto do Desarmamento”, defendeu.
O atual líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC) reforçou também o empenho dos governistas com o crescimento econômico e geração de empregos. “2016 é o ano para o Brasil voltar a crescer. Quem não trabalhar a favor disso não fará oposição ao governo, mas ao País”, declarou, na segunda-feira (1º), durante coletiva de imprensa.
Sobre a retomada do processo de impeachment da presidenta Dilma, pautado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Sibá foi incisivo: “Politicamente, o impeachment está morto”.
O desafio de abrir os caminhos para a retomada do crescimento econômico é também apontado pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Para ela, o Congresso precisa parar de frear as iniciativas do Executivo e aprovar pautas apresentadas para o bem do País.
“O Brasil precisa voltar a crescer, dar continuidade às políticas públicas e, portanto, o grande desafio no Congresso é deixar a pauta rolar sem atropelar o governo, para que o governo possa responder à sociedade aquilo que ela espera do governo”, defendeu, em entrevista à Agência PT.
A deputada aponta também o combate à pauta golpista da oposição como prioridade para os próximos meses. “Temos que mostrar à sociedade o quanto essa oposição, junto com a mídia do quanto pior melhor, está inconsequente diante dos desafios que o País enfrenta. Estão fazendo um verdadeiro estrago no País”, alertou.
Para ela, é preciso colocar o combate à corrupção no centro dos trabalhos e dar maior publicidade ao esforço do PT para que os malfeitos sejam investigados com isonomia.
“O PT precisa colocar claramente para a sociedade que é o partido que mais combate a corrupção e que não vamos aceitar que coloquem para debaixo do tapete as mazelas de governos anteriores, para que a sociedade não tenha a leitura de que a corrupção começou agora”, reforçou.
O diálogo sempre próximo com a sociedade e com os movimentos sociais é visto como fundamental para barrar o avanço das pautas conservadoras no Congresso. “Precisamos seguir com as mobilizações do PT nas ruas e cada vez mais dialogar com a sociedade, fazer com que chegue às pessoas as coisas positivas que termos feito e desmentir os factoides que são reproduzidos pela grande mídia”, cobrou.
Por Flávia Umpierre e Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias