A 4ª Conferência da Amazônia será realizada de 17 a 19 de maio, em Rio Branco (AC), com o objetivo de reunir as forças políticas progressistas da Amazônia, os movimentos sociais organizados e as novas expressões de organizações sociais para retomar o papel protagonista em um projeto alternativo de vida sustentável na região.
Ao longo de sua história, a Amazônia brasileira passou por vários ciclos econômicos os quais, via de regra, lhe impôs o papel de fornecedora de matérias-primas para o Brasil e para o mundo, seja no período das drogas do sertão, da borracha ou, mais recentemente, dos grandes projetos militares para a exploração dos minérios. Modelo esse que obedecia aos interesses de fora da região, excluindo a população local das decisões importantes que impactariam a vida social, cultural, econômica, além dos já conhecidos problemas ambientais.
É importante mensurar que ao curso dos treze anos dos governos democráticos populares encabeçados pelo PT na Amazônia, sob os ventos de suas políticas sociais, um sopro de esperança alterou a paisagem de profunda exclusão social pela qual a região historicamente foi acometida. Isso que possibilitou aos povos da região uma experiência promissora de desenvolvimento social com base na cultura local.
Contudo, a partir de 2016, com a aliança tucano-midiático-jurídico, as sombras da marginalização social acometem em cheio a população da região Norte do país. A aliança conservadora que usurpou da cadeira da presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, adota em primeira medida uma forte agenda neoliberal que vem se ampliando a cada dia no sentido de impedir a vontade popular de eleger Lula Presidente nas próximas Eleições.
O evento, que reunirá delegações dos estados do Norte, é promovido pelo Partido dos Trabalhadores, pela Fundação Perseu Abramo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a União Nacional dos Estudantes, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), pelo Comitê Chico Mendes, o Grupo de Trabalho Amazônico e o Conselho Nacional dos Seringueiros.
17/05 – Quinta-Feira
17h00 – Abertura da IV CONFERENCIA DA AMAZÔNIA
20h00 – Conferência de Abertura “O Golpe e a Amazônia”
Conferencistas: Governador Tião Viana (PT/AC), Senador Paulo Rocha (PT/PA) e Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM).
18/05 – Sexta-Feira
08h30 – Resgate do Histórico das Conferências anteriores.
Conferencista: Ex-ministro Luiz Dulci.
09h30 – Os desafios da Pan Amazônia para um modelo alternativo de desenvolvimento econômico, humano e sociocultural.
Expositores: Hugo Cabieses (Partido Socialista/Peru), Hugo Moldiz (MAS/Bolívia) e Cônsul Faltino (Venezuela).
11h00 – Os desafios dos movimentos sociais na Amazônia brasileira.
Conferencista: Vice-presidente da CUT/BRASIL, Carmem Foro.
14h00 – Experiências e desafios dos governos de esquerda, popular e democrático da Amazônia.
Expositores: Marcus Alexandre (ex-prefeito de Rio Branco) e Dalva Figueiredo (ex-governadora do Amapá).
15h30 – O Programa de Governo do Brasil que o Povo quer e a Amazônia.
Expositores: Fernando Hadad, Esther Bemerguy.
17h00 – ATO LULA LIVRE AMAZÔNIA
Local: em frente ao Palácio do Governo.
19/05 – Sábado
09h00 – Leitura e debate da Carta dos povos da Amazônia.
14h00 – Reuniões Setoriais (O Brasil que o povo negro quer, Mulheres/Elas por elas, LGBTTIS, Juventude e Indígenas.
17h00 – Encerramento da IV CONFERÊNCIA DA AMAZÔNIA.