Ronald Sorriso: Na Juventude, o segredo da virada

As recentes pesquisas eleitorais mostram que a transferência de votos de Lula para Fernando Haddad está acontecendo a passos largos, como era de se imaginar. Comparando os números do DataFolha da última pesquisa com o nome do Presidente Lula, divulgada no dia 22 de agosto, onde ele pontua 39%, com a última pesquisa já com o Haddad, divulgada no dia 15 de setembro, onde ele pontua 13% (na CNT/MDA divulgada hoje, 17 de setembro, Haddad já pontua 17,2%, mas sem detalhamento etário divulgado), a militância das Juventudes com Haddad, Lula e Manu possuem uma tarefa fundamental: impulsionar a “transposição” na nossa faixa de idade.

Em 22 de agosto, quando Lula pontuava 39% no geral, na faixa dos 16 aos 24 anos, Lula pontuava 43% e Haddad, no dia 15 de setembro, pontuou 10%;

Em 22 de agosto, Lula pontuava 40% na faixa dos 25 aos 34 anos, enquanto Haddad pontuou 13% no dia 15 de setembro.

A Juventude é a faixa onde o candidato do PSL possui a maior rejeição (56%). É também a que foi mais afetada positivamente e de maneira direta pela atuação de Fernando Haddad no MEC, durante os Governos Lula e Dilma. É preciso estabelecer uma tática específica para este público, num verdadeiro PAC da “transposição” dos votos, trabalhando a memória do que foi feito com a construção de um futuro mais digno para as Juventudes.

O ProUni, o FIES, a expansão das Universidades Federais e a construção recorde de Escolas Técnicas precisam ir para TV na medida em que nós, a militância, intensifiquemos as agendas com os sujeitos que foram beneficiados por estas políticas. Nas favelas e periferias, além de dialogar com a juventude sobre o enfrentamento mais humano à questão do crime organizado, constante no nosso programa de governo brilhantemente conduzido por Haddad, devemos apresentar as propostas de melhoria das nossas escolas, do acesso ao ensino profissionalizante via democratização do sistema S e Expansão dos IF’s, e também a democratização dos meios de produção e difusão da cultura popular.

Os Comitês de Juventude se avolumam por todo o Brasil. As ações nas Universidades começarão a se tornar massivas como foi na campanha de 2014, vide o lançamento do Comitê da UERJ que acontecerá no dia 20 de setembro, na Praça Maracanã. Nas praças dos bairros e dos centros culturais, a nossa militância, com a chegada dos materiais de juventude, vai intensificar o diálogo direto e, desta forma, poderemos atingir, com Haddad, o patamar atingido por Lula em agosto.

Haddad e Manu são a defesa intransigente do legado do Presidente Lula, da sua liberdade e inocência. Mas representam também a renovação na política, das caras e da forma de se fazer. Representam a ousadia de uma gestão arrojada de democratização dos espaços públicos e do direito à cidade, como fizemos em São Paulo.

Representam a coragem de ser jovem, mãe e mulher, de fazer política e disputar o parlamento pra defender leis que preservem e ampliem os direitos da juventude trabalhadora, como a Lei do Estágio. Falamos de resistência, mas falamos de combate. Falamos do que conquistamos, mas apontamos para o futuro e do que vamos conquistar.

Agora é Rua. A virada está nas nossas mãos!

Ronald Sorriso é Secretário Nacional da Juventude do PT