Rosa Neide defende que mulheres do campo se aposentem mais cedo
Para a deputada federal, as trabalhadoras rurais merecem se aposentar com idade menor pois a vida de trabalho no campo é muito difícil
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A deputada federal Professora Rosa Neide (PT-MT) defendeu, durante seminário de políticas públicas para mulheres, em Cuiabá, que as mulheres da zona rural devem ter menor idade para se aposentarem. Ela é contra a proposta de aumentar a idade mínima e estabelecer tempo de contribuição apresentada na reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL).
Para a parlamentar, as mulheres do campo merecem tratamento diferenciado para aposentadoria, pois levam uma vida muito difícil. “A mulher que vive no campo, quando chega ao 50 anos, tem aspecto de 70, é muito sofrimento”, declarou em entrevista ao G1.
A regra atual garante que as mulheres do campo se aposentem aos 55 anos, e não precisem cumprir os 15 anos de contribuição que é obrigatório para o trabalhador urbano. A reforma da Previdência de Bolsonaro determina que mulheres e homens se aposentem com 60 anos e com 20 anos de tempo mínimo de contribuição.
A deputada explicou ao G1 que é mais difícil para as mulheres trabalhadoras rurais contribuírem durante todo esse tempo. “A mulher do campo não é uma pessoa que tem como contribuir diretamente para ter uma aposentadoria melhorada, a aposentadoria dela é de um salário mínimo. Então querer avançar sobre esse direito é poder tirar a condição da pessoa sobreviver e fazer economia em cima de que ganha um salário mínimo é uma perversidade sem tamanho”.
Ela explicou também que a proposta do governo pretende fazer uma economia de R$800 bilhões em cima dos trabalhadores e trabalhadoras que ganham até três salários mínimos. “Esta reforma é uma reforma com bastante covardia ao povo brasileiro. É claro que tem que fazer ajustes na Previdência, a gente está vivendo mais, mas tem que tirar realmente de onde tem recurso para tirar e não de quem sofre para sobreviver”.
Leia a entrevista do G1 completa aqui
Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações do G1