Rui Falcão classifica como ‘arbitrária’ operação na empresa do filho de Lula

Corporação fez ação de busca e apreensão na empresa de Luis Claudio Lula da Silva, na segunda-feira, pela Operação Zelotes

Foto: Lula Marques/Agência PT

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, classificou como “arbitrária” a operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal esta semana na empresa de Luis Claudio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“A investigação da Operação Zelotes envolve bilhões de reais e grandes empresas do mercado nacional, a Polícia Federal foi atrás de um peixinho, sem sequer ter provas contra ele. Tem um monte de tubarão envolvidos, mas a única busca e apreensão para valer foi feita na empresa do filho do Lula”, ressaltou Rui Falcão, após reunião da Executiva Nacional da legenda, em Brasília.

“Os advogados dele estão cuidando disso, mas a ação foi arbitrária e vários de nós já nos manifestamos com essa posição. Ao que me consta, a Operação Zelotes envolve bilhões e empresas graúdas e a única busca e apreensão pra valer que nós vimos foi na empresa do filho do Lula por uma coisa transversa de que ele teria participado da venda de uma medida provisória, sem comprovação”, disse.

Falcão afirmou que será mencionado no documento de conjuntura a “agressão” com um dos filhos do ex-presidente. “Nós não consideramos que uma manipulação, uma perseguição inominável e inexplicável a um de seus filhos suscite isso e nós vamos mencionar no documento essa agressão”, disse.

Segundo Falcão, a reunião da Executiva Nacional também abriu formalmente o debate sobre a importância das eleições municipais. Ele defende que, além das propostas para os municípios, o partido deve construir programas de governo junto com a população, atualizando “o modo petista de governar e legislar”.

“Nós vamos procurar construir nossas candidaturas preferencialmente no campo democrático e popular, mas também vamos estender as alianças com os partidos da base aliada”, afirmou o presidente.

O presidente da legenda explicou que o PT vai valorizar as candidaturas proporcionais e majoritárias advindas dos movimentos sociais, dando um caráter mais militante às campanhas. Além disso, ele reforçou a expectativa das eleições de 2016 serem realizadas sem o financiamento empresarial de campanhas.

“Espero que a vedação em relação ao financiamento de campanha por empresas seja mantida apesar das manobras de ainda tentar resgatar esse cadáver em sepulto”, completou.

Sobre as tentativas de golpe contra a presidenta Dilma, Falcão disse ter ‘certeza’ que o ato não se concretizará, pois não há embasamento jurídico nos pedidos protocolados pela oposição.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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