Rui Falcão diz que conclusão da CPI da Petrobras é ‘convincente’

O dirigente petista negou qualquer interferência do governo ou do PT nos trabalhos da CPI da Petrobras

Rui Falcão

O presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, avaliou, durante passagem por Salvador nessa quinta-feira (22), que o relatório final do deputado Luís Sergio (PT-RJ) sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras foi suficientemente “convincente”, o que permite a ele afirmar que “não houve nenhuma pizza”.

O relatório foi lido no plenário da Comissão, pelo relator petista, na noite de quarta-feira (21), mas só foi aprovado na madrugada desta sexta-feira (23). Falcão também destacou o caráter de isenção dos trabalhos, traduzido pelo documento.

“A CPI trabalhou durante meses e não houve nenhuma interferência, nem do governo, nem do PT, para atrapalhar os trabalhos. É um relatório muito convincente feito pelo deputado Luiz Sérgio”, declarou à imprensa, na noite de ontem.

Rui Falcão evitou críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), mas afirmou considerar como resultado importante dos trabalhos a obtenção, pela CPI, da declaração do peemedebista, feita no início dos trabalhos, de que não teria recursos além dos relatados à Justiça Eleitoral.

“A CPI produziu só um resultado mais concreto, que eles não estão querendo divulgar, que foi o lugar onde o deputado Eduardo Cunha disse voluntariamente que não tinha conta no exterior”, lembrou.

O dirigente voltou a negar, no entanto, que haja qualquer tipo de entendimento ou acordo do PT para poupar quem quer que esteja envolvido no caso, amplamente descrito no relatório final.

“Não há qualquer acordo para barrar investigação”, garantiu.

O petista também fez críticas ao procedimento da delação premiada. “Há uma praxe de não transformar delator em bandido. Delação não é prova. Para ele, as delações nada mais são que “declarações não fidedignas que são levadas à sério por um jornalismo que nós chamamos de jornalismo declaratório, sem nenhuma apuração”, reforçou.

O presidente do PT voltou a negar que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 tenha recebido recursos ilegais.

“Toda a nossa arrecadação é feita de transações bancárias legais, registradas na Justiça Eleitoral. É mais uma delação sem provas, com o intuito de nos criminalizar, de dizer que nossas doações vêm de dutos de propinas e as dos outros candidatos saem da casa da moeda”, assegurou.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Morais

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