Rui Falcão pede que militância esteja “alerta e vigilante” contra tratativas golpistas

O presidente nacional do PT repudiou, durante o Fórum Social Temático 2016, em Porto Alegre (RS), a ação movida pelo PSDB

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, acusou o PSDB de tentar mais uma manobra golpista movida pela não aceitação da derrota nas urnas em 2014.

“Contra essas tentativas, temos de estar alertas e vigilantes”, respondeu o petista, nessa quarta-feira (20), durante debate no segundo dia do Fórum Social Mundial (FSM) de Porto Alegre (RS), ao comentar a ação pela cassação do PT ingressada pelos tucanos.

O pedido do PSDB entregue ontem à Procuradoria-Geral Eleitoral baseia-se na delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, no âmbito da operação Lava Jato.

“Nós não vamos economizar esforços para reagrupar movimentos, militantes e coletivos que ajudaram a eleger a companheira Dilma Rousseff no segundo turno de 2014”, declarou Rui Falcão.

Para ele, é necessário “unir forças” e responder às ameaças golpistas contra o mandato da presidenta petista. “Ameaças que também são contra os direitos dos trabalhadores e das minorias, temos que saber ouvir o povo”, completou o dirigente.

Rui Falcão participou do debate sobre o tema “Democracia e desenvolvimento em tempos de golpismo e crise”, ao lado do senador Roberto Requião (PMDB-PR) e do ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, e aproveitou para reforçar a defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff.

O petista afirmou que críticas baseadas na condução da política econômica ou suposto combate à corrupção podem ser usadas para atacar a democracia. Falcão reforçou, então, que o processo de impeachment em análise na Câmara dos Deputados é mais uma tentativa de golpe contra Dilma.

O dirigente do PT disse também que o processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética, deverá unir os parlamentares contra o golpe. “Espero que os parlamentares se preocupem com o Brasil e ajudem o governo a se voltar para as questões econômicas em vez de precipitar uma crise política”, disse.

Para Roberto Amaral, os movimentos golpistas são movidos pela não aceitação, por parte das forças conservadoras, das políticas dos governos petistas que melhoraram a vida dos mais pobres.

“É imperdoável (para eles) o reajuste do salário mínimo. A direita não tem compromisso com a democracia nem compromissos éticos quaisquer”, afirmou o ex-presidente do PSB.

Antes, na terça-feira (19), o primeiro dia do Fórum Social Mundial de Porto Alegre realizou uma caminhada com cerca de 15 mil pessoas, entre ativistas, integrantes de movimentos sociais e políticos. A marcha abriu o esta edição do fórum que celebra os 15 anos do primeiro encontro na capital gaúcha.

Nesta quinta-feira (21), as atividades começam às 14h, com debates sobre democracia, diversidade, resistências alternativas e direitos humanos.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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