Secretário de Finanças do PT defende financiamento público
Para Marcio Macedo, financiamento privado de campanhas estimula a prática do caixa dois e da corrupção
Publicado em
do Brasil 247 – Em meio às discussões que envolvem a reforma política no Congresso, o secretário de Planejamento e Finanças do PT Nacional, Marcio Macedo, reafirma a defesa do seu partido pelo financiamento público de campanha. A legenda, inclusive, estabeleceu, no mês passado, que seus diretórios não deverão mais receber doações empresariais.
“O financiamento privado de campanhas estimula a prática do caixa dois e da corrupção, além de tornar as disputas desiguais, uma vez que quem tem mais recursos tem mais possibilidade de se eleger. Este tipo de financiamento dificulta a representação das minorias, portanto fere os princípios democráticos e de representatividade política. Sua extinção é imperativa ao aprofundamento da democracia”, ressaltou o ex-deputado.
A possibilidade de extinção deste tipo de financiamento, no entanto, não entrou no relatório final da comissão que discutiu a reforma na Câmara, mas ainda assim será levada ao plenário na votação marcada para iniciar nesta terça-feira (26). Os deputados federais avaliarão três tipos de financiamento: público e privado extensivo a pessoa jurídica; público e privado restrito a pessoa física; e público.
Votação – A votação do relatório final da Comissão Especial da Reforma Política, que ocorreria ontem, foi cancelada. A determinação partiu do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Assim, o projeto será debatido e votado diretamente no plenário da Casa, a partir desta terça-feira (26). Parlamentares do PT contrários à proposta denunciaram a manobra que ignora o trabalho da comissão. A bancada do PT na Câmara é radicalmente contra as propostas do texto de estabelecer o sistema de “distritão” e favorável a doação empresarial de campanha.
O relator da comissão, Marcelo Castro (PMDB-PI), também criticou a decisão, que classificou como “desrespeito”. “Eu acho uma completa falta de respeito. Não ao relator em si, mas ao relator e aos 68 membros da Comissão”, declarou à imprensa. Para Castro, o trabalho da comissão será substituído pela posição do relator em Plenário, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Que vai fazer em cinco minutos aquilo que nos fizemos em três meses”, denunciou.
Da Redação da Agência PT de Notícias