Seminário de Combate ao Racismo debate a defesa da mulher negra

“Mesa Marielle Franco” homenageou a vereadora e debateu ações para enfrentar o racismo e outros preconceitos durante o governo Bolsonaro

Kamila Ferreira/Agência PT

"Mesa Marielle Franco"

O segundo dia do “Seminário Nacional Estratégias de Enfrentamento ao Racismo” contou com a formação da “Mesa Marielle Franco”, que além de ser uma homenagem a vereadora, focou especificamente em debates acerca da vida da mulher negra.

Na coordenação da mesa esteve a Secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Karolyne e a professora universitária aposentada e militante do movimento negro, Gloria Ramos.

Anne iniciou sua fala homenageando Marielle Franco, cujo assassinato completa nove meses nesta sexta-feira (14) e ainda não foi solucionado.

Anne Karolyne

Durante o evento foi discutido a necessidade de mapear, com os parlamentares petistas dentro do Congresso, as políticas já existentes de proteção as minorias e em específico de combate ao racismo para que seja garantido que elas não sofram nenhum tipo de retrocesso.

“É preciso resgatar os avanços das políticas públicas feitas pelos nossos governos para que elas sejam garantidas. Nossos espaços tem que ser referência na luta do combate ao racismo, pelos direitos das mulheres, dos LGBTs”, afirmou Anne.

Gloria falou sobre o processo histórico que as mulheres negras viveram e os problemas que deveriam já ter sido extintos mas que atualmente ainda prejudicam a vida dessas mulheres.

“O que está acontecendo com o povo negro sempre aconteceu, sobre o genocídio, nós sempre vivemos isso, a diferença é que tivemos avanços durante nossos governos democráticos e populares que olharam e falaram ‘isso para aqui'”.

Gloria Ramos

A mesa também debateu a necessidade de se aproximar da juventude negra para que elas continuem a luta contra o racismo e o preconceito em geral e da importância da Rede “Você Não Está Só” que foi uma iniciativa das secretarias setoriais do PT para enfrentamento e segurança de vítimas de violência por questões políticas.

“As mulheres negras sempre foram colocadas em um nível abaixo, foram colocadas em trabalhos escravos de comparação inclusive com o homem, e quando você tolera isso você oprime outra pessoa. O que a gente precisa nesse momento é de muita unidade, essa deve ser nossa estratégia de resistência”, finalizou Anne.

Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT

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