Serra é alvo de protesto com bolinhas de papel em Buenos Aires
Ministro do governo ilegítimo de Michel Temer enfrentou manifestações na embaixada brasileira de cidadãos contrários ao golpe em curso no Brasil
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(foto: Amanda Leal/Twitter)
O ministro golpista das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), não teve vida fácil em sua primeira viagem internacional como membro do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). Em Buenos Aires, Argentina, onde o chanceler foi participar de uma série de debates, Serra foi alvo de uma chuva de bolinhas de papel na noite de domingo (22) atiradas por manifestantes brasileiros e argentinos ao chegar na embaixada do Brasil, sob gritos de “golpista”.
Os manifestantes lembravam o episódio ocorrido durante a campanha eleitoral de 2010, quando Serra chegou ser submetido a uma tomografia em um hospital após ter sido atingido por uma bolinha de papel.
A visita do chanceler ilegítimo ao país vizinho tem como objetivo impor uma série de retrocessos em matéria de integração e direitos econômicos, sociais e culturais em toda a região. Entre os debates a serem realizados está reformulação da estrutura do Mercosul, junto à extensão do tratado com a Aliança do Pacífico.
Mau começo
O chanceler mostrou alto grau de inabilidade diplomática desde a sua posse. As primeiras notas divulgadas pelo Itamaraty sob seu comando causam surpresa pelo tom nada protocolar. Após vários países se declararem oficialmente contrários ao afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff, a pasta refutou as manifestações de forma pouco “diplomática”.
“O Ministério das Relações Exteriores rejeita enfaticamente as manifestações dos governos da Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua, assim como da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), que se permitem opinar e propagar falsidades sobre o processo político interno no Brasil”, afirma a nota.
A julgar pelo início de sua gestão à frente das Relações Exteriores, o chanceler golpista, que em uma entrevista concedida em 2012 afirmou que o nome do nosso país é Estados Unidos do Brasil, ao invés de República Federativa do Brasil, significará um enorme retrocesso nos esforços diplomáticos feitos durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff.
Da Redação da Agência PT de Notícias
