Terrorista que tentou explodir bomba no aeroporto movimentou R$ 747 mil em 2022
Relatório do Coaf comprova movimentações financeiras em contas do extremista bolsonarista, que são consideradas incompatíveis com o seu patrimônio
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O terrorista bolsonarista George Washington de Oliveira, condenado pela justiça por tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília, movimentou R$ 747 mil no ano passado, segundo informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) à CPMI do Golpe. A notícia foi divulgada pela coluna do jornalista Guilherme Amado, no site Metrópoles.
De acordo com o relatório do Coaf, o terrorista teria realizado movimentações financeiros em três estabelecimentos bancários. A primeira foi de R$ 167 mil no período de março a dezembro de 2022; a segunda foi de R$ 365 mil no período de junho a dezembro e a última de R$ 215 mil de junho a dezembro. Os valores foram considerados como incompatíveis em relação ao patrimônio de George Washington, o que levanta mais suspeitas a respeito da ação de financiadores dos atos terroristas na capital federal.
Para um dos bancos, a renda mensal estimada do terrorista era R$ 1,1 mil. Uma outra instituição financeira declarou que presumiu que Oliveira tinha uma renda de R$ 4 mil por mês. Por isso, a intensa movimentação em suas contas chamou a atenção do Coaf, que tem a função de combater a lavagem de dinheiro.
O relatório do Coaf considera que “os valores de gastos em cartão de crédito não condizem com a capacidade financeira declarada”, e registra também a “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e capacidade financeira”, além de “gastos atípicos”.
Em 24 de dezembro do ano passado, uma semana antes da posse do presidente Lula, o terrorista, que era um militante bolsonarista bastante ativo, tentou explodir um caminhão de combustível que iria abastecer aeronaves no aeroporto internacional de Brasília. Preso pela Polícia Federal, George Washington já foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão pelo atentado.
Após a sua prisão e condenação, o terrorista já prestou depoimentos à CPMI que investiga a tentativa de golpe praticada no dia 8 de Janeiro, no Congresso Nacional, e também na CPI sobre o mesmo tema na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Da Redação