Única governadora do país, Fátima aposta em romper ciclos para mudar política

Eleita pelo RN fala sobre representatividade, feminicídio, retrocessos sob Bolsonaro e estratégias de resistência

Fátima Bezerra é a única mulher eleita governadora no último pleito do país, no ano passado. Pedagoga, venceu a primeira eleição para deputada estadual ainda em 1994 pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual é filiada desde 1981. Em sua trajetória política, também passou pela Câmara dos Deputados e pelo Senado antes de assumir o governo do Rio Grande do Norte. Para ela, a vitória para o atual mandato representou uma ruptura na tradição do poder do estado.

“A nossa chegada ao governo do Rio Grande do Norte representa um marco do ponto de vista político, porque quebramos um ciclo de mais de cinco décadas de governos de perfil conservador e oligárquico, voltados para atender os interesses de uns poucos privilegiados em detrimento dos interesses da maioria”, afirmou a governadora em entrevista exclusiva para o Brasil de Fato.

Na conversa, ela falou sobre representatividade e as visões de seu mandato para tratar de problemas sociais, explicou o que é e o que pretende o Consórcio Nordeste. Também comentou as políticas para a população do campo e a importância da mídia não hegemônica, além de percorrer os caminhos que acredita necessários para o setor democrático fazer frente aos retrocessos do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“É fundamental que nós tenhamos uma frente mais ampla, que agregue todos os setores que entendem a importância da democracia no respeito ao Estado democrático de direito, no resgate da liberdade e na garantia da cidadania do nosso povo”, afirmou a governadora, acrescentando que a defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é fundamental para essa luta.

“Eu falo do ponto de vista de que a sociedade, cada vez mais, tem que abrir os olhos, porque defender a liberdade do Lula é defender o resgate da democracia. E isso não é chavão, não é proselitismo, não. É porque a prisão injusta do Lula, o julgamento injusto que a ele foi imposto, tudo isso ficou agora escancarado totalmente”, afirma, sobre as mensagens vazadas no caso da Vaza Jato.

Leia a entrevista na íntegra

Por Brasil de Fato

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