Vagner Freitas: TRF-4 acelera julgamento de Lula, o brasileiro mais perseguido pela Justiça
Em artigo, presidente da CUT repudia a parcialidade de parte do Judiciário e o desprezo das provas da inocência de Lula.
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Em tempo recorde, o Tribunal Regional Federal (TRF-4) marcou para 24 de janeiro o julgamento do recurso do ex-presidente Lula contra condenação do Juiz Sérgio Moro no caso do apartamento do Guarujá. O juiz do Paraná também julgou a denúncia de forma acelerada, desprezando todas as provas da inocência de Lula apresentadas pela sua defesa.
O comportamento dos juízes reforça a suspeita de que não existe imparcialidade e mais grave ainda, que parcela do Judiciário brasileiro persegue Lula e quer interferir no processo eleitoral de 2018.
Lula é inocente! E o povo sabe disso. Só quem tem medo da sabedoria popular pode querer tirar do povo o direito de decidir o que é melhor para o Brasil, o direito de votar e eleger o presidente que eles sabem que vai resolver a crise econômica e institucional que tomou conta do país depois do golpe.
A ação de parte do Judiciário antecipa uma decisão que tem de ser tomada nas eleições. Quem decide se Lula deve ou não voltar a ser presidente do Brasil é o povo, jamais o Judiciário.
Lula tem mais de 45% de intenção de votos. Provavelmente se tivesse 5% ou 6% não estaria na mira dos juízes que querem impedi-lo de ser candidato. Lula tem o direito de ser candidato e o povo tem o direito de opinar nas eleições de 2018.
Não é tratando Lula de forma diferenciada, com perseguição e sem direito sequer a uma defesa justa que parte do Judiciário vai impedir o povo de fazer a avaliação final de quem quer no comando do Brasil – um país, que vive uma das mais graves crises de sua história e que precisa de uma liderança política como Lula para voltar a crescer, com justiça e inclusão social.
Para a CUT, é muito preocupante essa inversão de valores, onde a questão jurídica suplanta a política e a opinião do povo, característica básica de uma democracia, que não pode ser ignorada.
A CUT repudia o comportamento parcial e dirigido de parte do Judiciário. Para a CUT, é inaceitável que juízes interfiram no processo eleitoral.
Todas as tentativas de condenar Lula sem prova alguma, só para impedi-lo de ser candidato, é fraude!
Eleição sem Lula é fraude!
Vagner Freitas, presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT)