Valeska Martins: “Conjunto probatório não deixa dúvida sobre inocência de Lula”
Segundo a advogada de defesa do ex-presidente, ao longo do processo, após 33 testemunhos em 27 dias, todos os depoimentos inocentaram Lula
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A principal acusação contra o ex-presidente Lula no “caso triplex”, que será julgado pelo Tribunal Regional Federal 4 no dia 24 de janeiro – após análise de recurso em tempo recorde – se desfez ao longo do próprio processo, afirma a advogada de defesa Valeska Martins. Mais especificamente, após 33 testemunhos em 27 dias, todos os depoimentos inocentaram o presidente Lula.
“O conjunto probatório não deixa sombra de dúvida sobre a inocência de Lula. Não deixa dúvidas de que ele nem sequer deveria ter sido acusado”, explica. A sentença, que já foi considerada “fictícia, abusiva e absurda” por juristas de renome nacional e internacional devido à falta de provas, tornou-se objeto do questionamento da independência do processo e do tratamento dispensado ao ex-presidente.
“Dizem que Lula deve ser condenado para dar exemplo. De quê? De como condenar um homem inocente?”, questiona a advogada.
Para ela, o processo não aplica a lei, algo que ficou claro após as “grosseiras acusações”. “Entendem que a Operação Lava Jato, por ser excepcional, não precisa seguir a lei. Ela age acima da lei. Sérgio Moro é um juiz acusador.”
A relação da Operação com a mídia se deu desde o começo de forma questionável, pauta pelos incontáveis vazamentos sempre ao mesmo grupo de veículos de imprensa. Assim se constrói uma narrativa de culpabilização que, não raro, deslegitima a defesa. “Um juiz que se deixa ser guiado pela mídia não é independente”, afirmou.
“Essa tática visa ocupar o espaço e o tempo do inimigo, fazendo com que Lula deixe de fazer política para se defender. Visa também acabar com os recursos financeiros da pessoa, para que o mesmo não possa se defender.”
É fundamental, nesse sentido, popularizar os argumentos da defesa para que a população entenda que se tratam de acusações grotescas e infundadas, que Lula é inocente.
Além disso, no processo, diversos direitos do ex-presidente foram violados: “Não há previsão jurídica que permita o que aconteceu. Reviraram a casa dele, dos filhos, confiscaram o iPad dos netos, os telefones foram grampeados e os áudios divulgados, inclusive materiais não relacionados ao objeto”.
Da Redação da Agência PT de Notícias