Resistência e mobilização derrotam ação do fascismo em Curitiba

Sem motivos, o vereador Renato Freitas, do PT de Curitiba, foi preso enquanto jogava basquete e ouvia rap com amigos em uma praça pública da cidade

Reprodução

Vereador Renato Freitas (à direita)

O “guarda da esquina” literalmente agiu em Curitiba neste feriado, investindo contra o vereador Renato Freitas do PT de Curitiba. Com amigos, Renato jogava basquete em uma praça pública, ouvindo rap em um aparelho de som. Sem declarar os motivos, os policiais militares agrediram e prenderam o vereador e seus amigos.

Em total desrespeito às prerrogativas inerentes à sua posição, mesmo tendo se identificado como advogado e vereador, Renato e seus amigos foram levados presos para o Batalhão da Polícia Militar, “em condições absolutamente desproporcionais e inadequadas com relação à sua dignidade”.

Em nota à imprensa, a assessoria do mandato de Renato denunciou “a abordagem policial realizada de forma inadequada, ferindo direitos fundamentais do cidadão em questão”. O vereador questionou o método, corriqueiramente aplicado pela Polícia Militar, segundo a nota.

Sem qualquer justificativa, a ação dos policiais militares foi amplamente denunciada nas redes sociais. “Em mais um ato arbitrário, o vereador do PT de Curitiba, Renato Freitas, acaba de ser preso”, alertou o senador Humberto Costa (PT-È), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.

Após cerca de três horas detido no 12º Batalhão da PM, em Curitiba, Renato foi liberado no começo da noite da sexta-feira, 4. Na saída, Renato foi saudado por apoiadores e amigos, que denunciaram as atitudes violentas e racistas contra os jovens negros.

Advogado, mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná, Renato Freitas tem sido alvo de constante perseguição das forças policiais da cidade. Em janeiro deste ano, foi ameaçado de morte por homens armados que rondaram a região onde ele mora e fotografaram sua casa.

Em 2016, candidato a vereador pelo PSOL, Renato também foi preso, espancado e colocado nu em uma cela da carceragem do 3° Distrito Policial de Curitiba. Em 2018, candidato a deputado estadual pelo PT e foi alvejado duas vezes à queima-roupa por agentes da Guarda Municipal com balas de borracha.

Da Redação

 

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