Vereadora é ameaçada por defender liberdade de expressão e diversidade sexual

Filipa Brunelli, de Araraquara, defende repúdio a projeto de lei que proíbe publicidade sobre diversidade sexual. Três vereadoras do PT sofrem processos persecutórios nas respectivas Casas Legislativas

Amanda Rocha

Vereadora Filipa Brunelli

Está em curso uma escalada de perseguição política e tentativa de banimento de lideranças políticas que enfrentam corajosamente os preconceitos e a violência institucional contra minorias políticas. Nos últimos dias, três vereadoras do Partido dos Trabalhadores passaram a sofrer processos persecutórios nas respectivas casas legislativas em que atuam.

Em Araraquara, a vereadora Filipa Brunelli está ameaçada de sofrer sanções por ter proferido discurso em defesa de uma moção de repúdio ao PL 504/2020, que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo. O projeto proíbe a publicidade de material que contenha alusão a orientações sexuais e movimentos sobre diversidade sexual. Em sua fala, a vereadora disse que a proposição ataca e censura a comunidade LGBTQIA+ e denunciou a pactuação dos seus pares com a violência institucional LGBTfóbica.

A líder da bancada do PT na Alesp, deputada Professora Bebel, manifesta extrema preocupação diante desses episódios de intimidação e cerceamento da liberdade de expressão e de silenciamento de vozes dissidentes. Ela expressa a necessidade de firme posicionamento na defesa incondicional da liberdade de expressão e da democracia e contra atos que não combinam com os propósitos institucionais e de representatividade das casas legislativas.

Violência política sistemática

Para a secretária Nacional LGBT do PT, Janaina Oliveira, a política permanece sendo um ambiente hostil. “Tem sido sistemática a violência política em nosso país. Ocupar espaço em que tradicionalmente ‘nossos corpos não deveriam estar’, faz com que parte de determinados setores antidemocrático e fascista, promovam perseguição, censuras, intimidação e exclusão. Não permitiremos que nossas companheiras vereadoras Duda Hidalgo e Filipa Brunelli sejam silenciadas. A secretaria estadual LGBT PT/SP tem acompanhando os casos e dado o devido suporte”.

Deputadas e deputados da bancada petista expressam total solidariedade à vereadora Filipa Brunelli, primeira travesti eleita na Câmara Municipal de Araraquara, e à sua trajetória de luta em defesa dos direitos das minorias. Não podemos tolerar a censura à liberdade de expressão e à diversidade sexual. Precisamos, sobretudo, rechaçar a tentativa de criminalização de pessoas e de movimentos que defendem a diversidade e a pluralidade.

Da Redação, com informações da bancada das deputadas e deputados estaduais do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast