Vigília Lula Livre ajudou militante a vencer depressão

Maria Fattore se empolgou com a resistência democrática em Curitiba e colocou a depressão de lado

Joka Madruga/Agência PT

Estar na Vigília ajudou Maria a combater a depressão

Estar na Vigília Lula Livre foi fundamental para Maria Fattore se recuperar da depressão em que caiu quando Lula foi preso, dia 7 de abril. A tristeza foi tanta que ela se se desinteressou pelo convívio com as pessoas. A recuperação começou quando viajou para Brasília saindo de Santo André, onde mora, para acompanhar o registro da candidatura de Lula à Presidência da República, em agosto. Agora, a cura se completa com a visita à Vigília em Curitiba. “Me emocionei, chorei, cantei, foi bom demais”, diz.

Além da alegria de estar entre companheiros, a presença na Vigília entusiasmou Maria com a força da resistência democrática em Curitiba, onde Lula está como preso político há 213 dias. “Ficava ansiosa acompanhando pelo Facebook e pesando: será que eles vão desistir? Não podemos desistir do Lula. Chegando aqui, senti firmeza na Vigília”, conta.

Maria é filiada ao PT desde a fundação do partido. Morando em Santo André, ela viveu as greves dos metalúrgicos, acompanhando o primeiro marido, que participava das mobilizações atuando nos piquetes. “Depois, quando Lula foi candidato a governador de São Paulo (1982), fazíamos  o chão de estrelas”, recorda, referindo-se à técnica de carimbar estrelas no asfalto com moldes de espuma e tinta.

Maria acompanha a perseguição a Lula desde o final dos anos 70, quando foi preso pela Ditadura Militar por liderar o movimento sindical e lutar por democracia. Ela conheceu pessoalmente o ex-presidente nessa época. “Lula é perseguido desde sempre. Não vejo a hora de ele sair em liberdade. É o meu sonho”, afirma.

Depois do baque com a prisão de Lula, Maria começou a deixar a tristeza de lado quando decidiu ir a Brasília acompanhar o registros da candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral. “Marchei com os Sem Terra, conheci muita gente, revi muita gente, incluindo amigos da adolescência. Foi muito importante”, afirma.

O ciclo pessoal de Maria se completa agora, com a visita à Vigília Lula Livre. “Foi maravilhoso estar aqui. Quando chegar a Santo André estarei renovada. Com Lula, nunca me desiludi, é só amor”, diz a mulher de 69 anos, que volta de ônibus nessa segunda feira para o berço do sindicalismo brasileiro. Ela promete voltar trazendo livros que já separou para doar ao MST.

Por Luis Lomba, de Curitiba para a Agência PT de notícias

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