A campanha permanente contra a Reforma da Previdência e em defesa da aposentadoria foi lançada por nove centrais sindicais, por conta da tramitação da PEC 287/2016, da Reforma da Previdência, que está paralisada na Câmara após intensa mobilização popular com greves gerais e dias nacionais de luta.
Na Vigília Lula Livre, desde abril tem acontecido várias rodas de conversa e debates sobre a aposentadoria, especialmente para os camponeses. Os encontros sempre foram no sentido de buscar alternativas às medidas a serem tomadas em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
A intervenção federal no Rio de Janeiro em vigor também impede alterações na Constituição, mas os movimentos populares alertam sobre as articulações no governo de transição: as diversas declarações públicas de políticos que apoiam o presidente eleito Bolsonaro sinalizam que alterações na aposentadoria poderiam ser feitas sem precisar aprovar a PEC 287, ainda em 2018 ou no início do próximo governo.
As alterações que poderiam ser feitas na aposentadoria são: acabar com a fórmula 85/95 (que a partir de 2019, se mantida, será de 86/96, referindo-se à soma da idade mais o tempo de contribuição, para mulheres e homens, respectivamente), o aumento do tempo de contribuição como condicionante para a aposentadoria por idade, mudanças de regras de cálculo, que prejudicariam especialmente os trabalhadores vinculados ao INSS.
Por Paula Zarth Padilha, do Terra Sem Males