Rui Falcão reafirma: “Não faremos alianças com apoiadores do golpe”
O presidente do PT também criticou a perseguição a Lula: “Diante dessa decisão absurda de um juiz ultrassuspeito, estamos reafirmando sua defesa”
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Em entrevista após a reunião da Comissão Executiva Nacional no Diretório Nacional do PT, nesta quinta-feira (4) em São Paulo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, explicou a jornalistas sobre os temas discutidos no encontro.
“Primeiro, nós reforçamos na Executiva a mobilização sobre os atos no Rio, amanhã, e o nacional do dia 9 contra o golpe, por nenhum direito a menos e pela volta da presidenta Dilma”.
Depois, afirmou que está sendo formulado um memorial em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Diante dessa decisão absurda de um juiz ultrassuspeito de Brasília que transformou Lula em réu, nós estamos reafirmando sua defesa e apoiando a intervenção dele, com seus advogados, de recorrer a um conselho de defesa de Direitos Humanos da ONU”, afirmou.
Rui Falcão também explicou que haverá duas reuniões do partido na próxima semana: uma da comissão de recursos e a outra de uma comissão que está organizando o encontro extraordinário de dezembro para dirimir diferenças em relação ao regimento.
“E, na semana que começa no dia 15, nós vamos realizar uma reunião da executiva nacional com uma pauta dupla: conjuntura e encontros extraordinários”.
Dilma Rousseff
O presidente nacional do PT se diz confiante em reverter o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.
“Está mais que nítido que ela não cometeu nenhum crime. A nossa expectativa é que as mobilizações a procura dos senadores e o desastre que vem sendo o governo Temer, cancelando direitos, anunciando o cancelamento próximo de novos direitos, farão com que consigamos 27 ou 28 votos (no Senado) para reverter o impeachment”.
Eleições
Sobre as eleições municipais deste ano, Rui Falcão explicou as resoluções sobre alianças políticas.
“Nós vamos privilegiar o diálogo com os partidos do campo democrático e popular. Ou seja, com o PCdoB e o PDT. Fora desse arco de alianças, vamos analisar, caso a caso, alianças com partidos que concordem em estabelecer conosco programas comuns nos municípios”.
“Não faremos alianças com candidatos que apoiaram o golpe – deputados e senadores, portanto – ou que tenham se manifestado publicamente a favor do golpe. Essa é a orientação geral no País”, afirmou.
Por Bruno Hoffmann, da Agência PT de Notícias