Haddad abriu 91 mil novas vagas de educação infantil desde 2013
Com ação, prefeito conseguiu que São Paulo tivesse a menor fila de espera para creches, uma queda de 40% em relação a última gestão
Publicado em
Desde o início do seu mandato, o prefeito Fernando Haddad (PT) já criou 91 mil novas matrículas na educação infantil, sendo 75 mil delas em creches para crianças de 0 a 3 anos na cidade. Isso foi feito a partir da abertura de convênios com entidades e da construção de creches pela própria Prefeitura.
Segundo a Prefeitura, o número possibilitou a queda expressiva na fila de espera nas creches, um problema crônico em São Paulo. Em junho de 2012, por exemplo, a fila era de cerca de 145 mil crianças. Em 2016, esse número teve uma queda de cerca de 40%.
Segundo Fátima Antônio, secretária-adjunta de Educação e responsável pela expansão de creches, a prefeitura passou a reconhecer não só o direito da mãe a ter seu filho na creche, mas sobretudo o direito da criança à essa formação inicial. A secretária explica que esses primeiros anos vão marcar todo o resto da vida escolar do aluno. “Para além do direito da mãe trabalhadora, está o direito da criança”, afirma ela.
Antônio Rodrigues, responsável pelas creches conveniadas na Secretaria de Educação, afirma que a fila só não caiu mais porque com o aumento dos equipamentos, sobe também a procura pelo serviço. Isso porque o morador, ao ver a creche em seu bairro, resolve fazer a solicitação de vaga.
As creches conveniadas foram implementadas antes mesmo desse serviço estar subordinado à Secretaria de Educação, em 2002. A vantagem desse sistema é garantir a agilidade na abertura de novas vagas, já que se utiliza de estruturas já existentes na região. Funciona assim: entidades locais abrem as creches com a supervisão da prefeitura, desde que cumprindo critérios estritos. Caso a entidade descumpra algum requisito, é denunciada e cortada. Durante a gestão de Haddad, 80 convênios com creches foram encerrados.
Rodrigues explica que as creches conveniadas são interessantes sobretudo em locais onde há pouco espaço para construção, como em áreas próximas a mananciais, caso bastante comum na zona Sul de São Paulo.
Fátima Antônio lembra que a maior demanda hoje ocorre na zona Sul, pelo rápido adensamento populacional que a região viveu nos últimos anos. Já a zona Leste, que na década de 1970 e 1980 tinha as maiores filas, tem a questão mais equacionada. Em Guaianases, por exemplo, a fila da creche é de apenas 147 vagas.
Rodrigues lembra que o trabalho mais difícil nesses quatro anos foi conseguir mapear onde estavam as maiores demandas para implementar os novos equipamentos. Segundo ele, em 2013, essa informação não existia.
Currículo Integrado e Autoavaliação
Sônia Valverde, diretora da Divisão de Educação Infantil da Secretaria de Educação, destaca que além da preocupação com a expansão, há uma busca permanente por qualidade do ensino. Ela destaca duas ações principais com esse intuito: o currículo integrado e os indicadores de qualidade.
O currículo integrado é uma iniciativa para acompanhar o aluno desde a creche até o Ensino Fundamental. A ideia é que as diferentes instituições (creche, pré-escola, ensino básico, etc) troquem informações sobre o estudante a cada etapa, com o intuito de possibilitar uma educação continuada.
Já os indicadores de qualidade são alguns parâmetros para avaliação da educação infantil. A partir desses parâmetros, é realizada a Autoavaliação Institucional Participativa.
É um processo de autoavaliação que envolve não só os professores, mas toda a comunidade: bebês, crianças, suas famílias e responsáveis, docentes, gestoras e gestores, demais funcionários e educadoras e educadores e a própria Secretaria Municipal de Educação. “Essa ação possibilita a democratização da gestão”, afirma Valverde.
Por Clara Roman, da Agência PT de Notícias