Ministro reconhece que liberação de emendas foi para aprovar Previdência

Luiz Henrique Mandetta, do Ministério da Saúde, confirmou que governo ofereceu a cada deputado lote extra de R$20 milhões de emendas, um total de mais de R$3 bilhões

Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados

Luiz Henrique Mandetta

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou ao site Jota que a liberação de emendas orçamentárias de sua pasta para os parlamentares foi um esforço para a aprovação da reforma da Previdência. A declaração do ministro, em plenário da Câmara nesta terça-feira (9), joga por terra o discurso adotado por Jair Bolsonaro (PSL) na campanha eleitoral de que iria acabar com o chamado “toma lá dá cá” na política. O governo ofereceu a cada parlamentar fiel um lote extra de R$ 20 milhões de emendas (em um total de mais de R$ 3 bilhões).

O Executivo também acelerou o empenho – registro oficial de que pretende executar aquele gasto – das emendas ordinárias, segundo mostrou a coluna Painel nesta terça. Foi liberada uma cifra de quase R$ 1 bilhão na véspera da votação, tudo relacionado à pasta da Saúde.

Parlamentares da Bancada do PT na Câmara dos Deputados protocolaram na Procuradoria-Geral da República uma representação pedindo investigação do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia).

Trata-se de um “grave abuso do poder político e financeiro, às custas do Erário, devendo ser obstado imediatamente para que o próprio sistema democrático e a lisura do pleito não sejam antecipadamente” comprometidos”, diz a peça enviada à procuradora-geral Raquel Dodge. “Trata-se de um comportamento imoral, ilegal e inconstitucional”, afirmam os deputados.

Por Brasil 247

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