Rachadinha no Mais Médicos é notícia falsa

Trata-se de uma estratégia bolsonarista para mudar o foco do assunto quando se fala de rachadinhas. Afinal de contas, Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz são, no momento, o centro das atenções da investigação do Ministério Público sobre movimentações financeiras suspeitas, as rachadinhas.

A Verdade na Rede recebeu diversas denúncias de mais uma desinformação circulando nas redes sociais. Diferentemente do que diz a mensagem, não é verdade que parte da remuneração dos médicos do programa Mais Médicos era rachado entre Cuba e o PT. 

Segundo a informação, dos R$ 11 mil  pagos aos profissionais, só R$ 3 mil ficavam com eles, sendo parte do dinheiro restante destinada ao PT. Trata-se de uma estratégia bolsonarista para mudar o foco do assunto quando se fala de rachadinhas. Afinal de contas, Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz são, no momento, o centro das atenções da investigação do Ministério Público sobre movimentações financeiras suspeitas, as rachadinhas.

Na realidade, os médicos (não só os cubanos) do programa recebiam R$ 11.865,60 e, de fato, como é prática nos acordos firmados por Cuba, uma parte desse valor ficava com o governo cubano. Mas não há qualquer centavo destinado ao Partido dos Trabalhadores, nem nunca houve qualquer denúncia ou investigação do tipo.

O Mais Médicos é constante alvo de notícias falsas. Mas os dados mostram que o programa foi bem sucedido, ao dar cobertura a mais de 60 milhões de brasileiros e economizar dinheiro público ao diminuir o número de internações. Pesquisadores cearenses indicam ainda que o Mais Médicos “reduziu a escassez de médicos na atenção primária à saúde, impulsionou a expansão do número de vagas de graduação e residência em Medicina e foi responsável pela mobilização de recursos financeiros para melhorar a estrutura das unidades básicas de saúde”.

Apesar disso, Bolsonaro vem desmontando o programa. Assim que ele foi eleito, Cuba deixou o programa por “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” do presidente. Em abril de 2019, mais mil médicos deixaram o programa – eles representavam 15% das vagas repostas com a saída dos cubanos. A falta de médicos, especialmente no contexto que vivemos, tem impacto devastador.

Para entender melhor como foi o processo de contratação dos médicos no programa, vale assistir a essa entrevista de Alexandre Padilha, Ministro da Saúde quando o Mais Médicos foi implementado.

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