Efeito Lula: governo elimina garimpo ilegal em terras Yanomami

Prática criminosa não é registrada há mais de 30 dias. “É a primeira vez, desde o início deste tipo de monitoramento, em 2020, que se observa a ausência de alertas por um período tão longo”, relata a PF

Divulgação/PF

Mudança: em pouco mais de cinco meses, Lula mostrou compromisso com as políticas de proteção aos povos originários, ao meio ambiente e à sustentabilidade

Pela primeira vez, desde 2020, não há alertas de garimpo ilegal em terras Yanomami no país. Com o governo Lula, ações de proteção ambiental e combate às invasões de Terras Indígenas resultaram na eliminação de atividades ilegais na região já há mais de um mês.

A última nova área de garimpo ilegal identificada na Terra Indígena Yanomami por sistemas de satélites ocorreu no dia 6 de maio, menos de três meses desde o início das atividades da Operação Libertação, em 10 de fevereiro, pela Polícia Federal. A atualização foi divulgada nesta terça-feira, 20. 

“Esta é a primeira vez, desde o início deste tipo de monitoramento, em agosto de 2020, que se observa a ausência de alertas de garimpos por um período tão longo de tempo”, informou a PF, em comunicado. “Tais resultados indicam que, pela primeira vez nos últimos anos, não houve novas áreas de garimpo ilegal sendo exploradas, fato que perdura por 33 dias, até a data de pesquisa final, dia 8 de junho”.

O compromisso do presidente Lula com as políticas de proteção aos povos originários, ao meio ambiente e à sustentabilidade são ressaltados pelo secretário Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT , Saulo Dias. Ele comemorou a eliminação do garimpo na Terra Yanomami.

Ouça Saulo Dias:

Ao site do PT, a coordenadora do Setorial Nacional de Assuntos Indígenas do PT, Tani Rose, também destaca o trabalho do presidente na defesa do povo Yanomami e na proteção ambiental do país.

“Vemos de forma muito positiva a notícia de que não houve registros de novos garimpo Território Yanomami, em Roraima”, afirmou Rose. “Isso significa que as ações de combate ao garimpo ilegal e de proteção ao território dos Yanomami naquela região foram exitosas e destacam o compromisso do presidente Lula”.

“Cabe destacar que todos ganharam com esses resultados: os Yanomami , a  população da região amazônica, o meio ambiente e a sociedade como um todo”, observou. Tani Rose alertou ainda que o garimpo ilegal traz prejuízos incalculáveis ​​ao meio ambiente com o derramamento de mercadorias nos rios, contaminação dos peixes, além de comprometer toda a biodiversidade naquela região. “Acreditamos que estamos no caminho certo da proteção, da fiscalização dos territórios indígenas e na preservação da vida no nosso planeta”.

O deputado federal e líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR), aponta o esforço do governo federal para eliminar os retrocessos e descasos com os indígenas promovidos pelo governo bolsonarista.“O governo Lula, por meio dos Ministérios dos Povos Indígenas, Justiça, Direitos Humanos, Saúde e de forças, como a Polícia Federal e o Exército, trabalhou de maneira consistente e direta para acabar com a tragédia dos Yanomamis”, elogiou Dirceu.

Para o deputado, trata-se de “uma tragédia que acometeu não só os indígenas, mas também a população amazônica ou meio ambiente”. Dirceu avalia que o alerta zero é uma vitória e resultado de um trabalho integrado, “que visa assegurar a vida dos Yanomamis e o futuro da humanidade e deve esperar até a meta de desmatamento 0 até 2030”.

Após o sucateamento de órgãos de proteção e fiscalização ambiental no Brasil promovido por Bolsonaro, o deputado federal, Nilto Tatto (PT-SP), também comemorou o resultado.“A revelação de que, pela primeira vez em 3 anos, não houve novos alertas de garimpo em terras Yanomami é muito importante e mostra como agora, enfim, o Brasil tem um governo”, avaliou o deputado. “É mais um exemplo da reconstrução do Brasil com Lula , aos poucos, recuperando a dignidade do povo brasileiro”.

O trabalho de enfrentamento aos garimpeiros ilegais é coordenado pelas Forças Armadas, Força Nacional, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(Ibama), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal ( PRF) na Operação Libertação. A ação oferece, ainda, auxílio econômico e sanitário aos indígenas que habitam a região visada pela mineração ilegal.

Redução extrema com Lula

Conforme a PF, houve uma redução extrema nos alertas de garimpo ilegal na região onde é realizado o monitoramento. Nos meses de abril e maio do ano passado, houve 538 alertas de garimpo ilegal na região. No mesmo período deste ano, o registro foi de apenas 33 chamados.

A Polícia Federal informa que o foco da operação agora é ocupar áreas dentro da terra indígena para assegurar a retomada da normalização da prestação de serviços básicos aos Yanomami. Há, também, ênfase nas áreas em que ainda há criminosos remanescentes, que serão presos caso se recusem a desocupar voluntariamente a Terra Indígena.

A Operação Libertação é coordenada pela PF e composta pelo Exército, Força Aérea, Marinha, Força Nacional, FUNAI, IBAMA e PRF. Além do apoio prestado na Operação Libertação, as autoridades seguem o cumprimento de suas atribuições ordinárias na região, cumprindo exclusivamente à PF a execução de atividades da Polícia Judiciária da União.

Atualmente, há mais de 80 procedimentos investigativos em andamento, derivados das atividades da Operação Libertação, e que apuram crimes nas mais diversas áreas, desde a lavagem de capitais e mineração ilegal até o tráfico de pessoas.

Da Redação , com informações da Polícia Federal

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