Mesmo com desonerações, arrecadação bate recorde em agosto

Formalização do mercado de trabalho e Refis compensaram renúncia fiscal que injetou R$ 67,1 bi na economia

A arrecadação de tributos federais bateu recorde em agosto, totalizando R$ 94,378 bilhões, o que representa uma alta real de 5,54% em relação a agosto de 2013. O avanço foi impulsionado pelo programa de renegociação de dívidas dos contribuintes (Refis) e pela maior formalização do mercado de trabalho. Além disso, as desonerações na folha de pagamento e em artigos como cesta básica e álcool reduziram a arrecadação federal.

O Refis arrecadou R$ 7,130 bilhões com o pagamento da primeira parcela em agosto. Os números representam valores reais, isto é, já descontada a inflação oficial do período, e foram divulgados nesta terça-feira (23), pela Receita Federal.

Outra contribuição positiva veio da receita previdenciária, que cresceu neste ano. Por causa da formalização do mercado de trabalho, as contribuições previdenciárias acumulam alta real de 1,89%.

As desonerações e reduções de tributos fizeram com que o governo deixasse de arrecadar R$ 67,199 bilhões de janeiro a agosto deste ano.  O valor é 36,9% maior que o concedido no mesmo período do ano passado, quando somou R$ 49,100 bilhões. O objetivo foi estimular o crescimento de vários setores produtivos.

Os principais fatores que aumentaram a renúncia fiscal foram a inclusão de setores na desoneração da folha de pagamento, a redução a zero dos tributos federais sobre a cesta básica e a desoneração de nafta e álcool. Apenas em agosto, as desonerações somaram R$ 8,387 bilhões, contra R$ 6,843 bilhões em igual mês de 2013. A desoneração da cesta básica retirou R$ 6,221 bilhões da arrecadação total.


Por Alessandra Fonseca, com informações do Portal Brasil.

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