Arlindo Chinaglia, futuro presidente do Parlasul, destaca acordo Mercosul-UE

Durante entrevista ao Jornal PT Brasil, da TvPT, o deputado petista, que assumirá a presidência do órgão legislativo em janeiro, destaca o desafio de priorizar os acordos comerciais do bloco regional

Reprodução/Vídeo TvPT

Deputado Arlingo Chinaglia (PT-SP) assumirá a presidência do Parlasul no ano que vem

A partir de janeiro de 2025, o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) assume a presidência do Parlamento do Mercosul (Parlasul).

O Parlasul é o órgão democrático e legislativo da representação civil dos países que compõem o Mercado Comum do Sul, o Mercosul. Foi constituído no ano de 2006 e é integrado por 158 parlamentares, divididos por país segundo proporcional populacional. A sede do Parlasul é em Montevideo, capital do Uruguai.

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Em entrevista ao programa Jornal PT Brasil, exibido pela TvPT, o parlamentar petista falou sobre os desafios que deverão ser enfrentados a partir do próximo ano na condução do Parlasul, quando devem ser priorizados os acordos comerciais, principalmente o do Mercosul com a União Europeia.

“Primeiro a gente precisa consolidar a nossa reflexão como Bloco, porque obviamente nós estamos habituados a defender os nossos países. No princípio, essa ideia de Bloco tinha muitas resistências e ainda tem”, afirma Chinaglia. E destaca: “O Brasil exporta produtos manufaturados em um percentual em torno de 90%, se comparar o que exporta para a China chega, no máximo, a 5%. Então, quando a gente analisa só Mercosul, o Brasil e os demais países estão sendo beneficiados com o que se considera como o maior acordo comercial do planeta. Então, nós temos uma boa expectativa”.

Assista a íntegra do programa Jornal PT Brasil, com a entrevista de Arlingo Chinaglia (PT-SP), exibida pela TvPT 

PIB do Bloco é muito significativo

Durante a sua entrevista, Chinaglia destaca ainda a força do Produto Interno Bruto (PIB) dos cinco países do Bloco. “Os nossos países, a saber Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia juntos envolvem uma população de 700 milhões de habitantes. E o PIB desse conjunto é de 23 trilhões de dólares. Se multiplicar por R$ 6, que é a taxa atual do dólar, isso vai para 128 trilhões de reais”, celebra.

Arlindo Chinaglia informa que, assim como os parlamentos dos países europeus acompanharam as negociações do acordo Mercosul-UE, o Parlasul também recebeu todas as informações que os parlamentares precisavam.

“Eu propus uma comissão temporária de acompanhamento desse acordo, nós fomos para a Bélgica e fizemos mais de 15 reuniões em apenas três dias lá. Portanto, nós acabamos contribuindo para o sucesso do acordo, pois os parlamentares europeus, obviamente, defendem o lado deles, e nós o nosso. Então foi um debate de enfrentamento de ideias e de dados importantes para que a negociação ocorresse”, afirma.

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Peso econômico do Brasil

Chinaglia comentou também sobre a necessidade de, além de pensar como Bloco, é preciso que o Brasil, que é a maior economia do continente, precisa priorizar os seus setores estratégicos.

Nós temos que priorizar os setores estratégicos, como o agro-alimentar, o setor automotivo, os recursos naturais que nós temos e muito, as novas tecnologias, enfim, nós temos que fortalecer a nossa competitividade regional. O Brasil também depende de ter novas tecnologias, mas tem que entrar numa outra fase para não ficar exportando apenas commodities, minérios e assim por diante. Vejam, nós temos que criar oportunidades pra empregos qualificados. Como que nós vamos fazer isso? É fácil falar, mas é muito difícil fazer. Então, tem uma proposta que nós queremos implementar, conversar com os governos, que é a integração de cadeias produtivas entre os países do Bloco”, argumenta ele.

Além do acordo entre o Mercosul e os países da União Europeia, o parlamentar do PT também disse também que existem outros acordos comerciais muito importantes que vão requerer uma atenção especial do Parlasul durante a sua gestão.

Da Redação

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