Líder acusa oposição de cerceamento a Cardozo
Para deputado Sibá Machado (PT-AC), acusações contra ministro são totalmente desprovidas de fundamento por ele estar dentro da lei
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O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-AC), acusou a oposição de fazer “show político” ao tentar criminalizar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ter se reunido com advogados de empresas citadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Os encontros aconteceram e foram registrados pelos controles oficiais do Ministério.
Para Sibá, a atitude da oposição não tem qualquer fundamento legal, jurídico, ético ou moral, uma vez que o ministro está coberto por princípios e atribuições pertinentes a uma autoridade pública. O deputado definiu as críticas como “tentativa de cerceamento e de restrição às obrigações” profissionais do ministro.
“Esse é um ato ruim da oposição, que não tem tese para se apoiar e procura, em tudo que os membros do governo fazem, um argumento para leva-los à porta da cadeia”, criticou o líder petista. “Nós nunca fizemos isso”, lembrou o deputado, numa comparação do comportamento do PT ao da oposição.
As acusações de comportamento inadequado e antiético contra o ministro Cardozo surgiram depois de ele confirmar seu encontro com advogados da Odebrecht e UTC, nas últimas semanas, a pedido dos advogados.
Os clientes deles, empreiteiras e seus diretores (alguns presos), foram denunciados à Justiça por corrupção, pagamento de propinas e formação de quadrilha. Para o deputado, não foi possível, ainda, identificar qual foi o crime cometido pelo ministro – o qual a oposição tanto insiste em lhe atribuir.
“Não há nada que impeça o ministro de atender advogados, mesmo que representantes de empresas denunciadas em operação da Polícia Federal”, afirmou Machado à Agência PT de Notícias.
O ministro Cardozo alega que atender advogados é obrigação de suas funções administrativas. Essas atribuições estão previstas, inclusive, na regulamentação profissional dos advogados, contida no Estatuto da Advocacia.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias