Com PT, mais nordestinos deixaram a pobreza

Para cientista político, foi a partir de 2003 que o governo federal passou a olhar para região

Desde no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, o Nordeste recebe atenção especial dos governo dos PT. As políticas de redução das desigualdades fizeram com que a classe média na região passasse de 28% para 45% da população.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012, e mostram que a tendência é que este aumento real da renda das pessoas mais pobres continue crescendo. Atualmente, 23,9 milhões de nordestinos pertencem à classe C e 23,7 milhões a D e E. Ambos representam 45% da população.

Para o cientista político Michel Zaidan, coordenador do núcleo de estudos eleitorais, partidários e da democracia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), não há dúvidas de que foi no governo Lula que o povo nordestino e as sociedades rurais foram empoderadas.

Após anos, o então presidente Lula retomou a política de desenvolvimento regional por meio de grandes e pequenas obras.

“É unânime entre os estudiosos que foi Lula que olhou para o nordeste. Obras como a transposição do Rio São Francisco, refinaria em Pernambuco e as políticas de transferência de renda, sobretudo em cidades com menos de 150 mil habitantes, deram poder de compra a essas pessoas”, apontou o cientista político.

Várias foram as medidas que fizeram parte deste processo, desde a transposição do Rio São Francisco, que gerou emprego, renda e movimentou a economia em cidades antes esquecidas, até as políticas de transferência de renda, que diminuíram o êxodo no sertão.

Nos últimos anos, mais de 1 milhão de cisternas foram implantadas na região semiárida dos estados do Nordeste e Minas Gerais, beneficiando mais de 22 milhões de brasileiros. Somente em 2014, o governo cumpriu a meta estabelecida de instalar 750 mil cisternas que abastece a casa de 4 milhões de pessoas.

“As comunidades rurais do interior começaram a mudar a partir dessas transformações. Houve uma mudança muito grande que acabou com assistencialismo que havia antes com a indústria da seca”, avaliou Zaidan.

Para ele, a expectativa é que após os ajustes fiscais a economia local volte a crescer.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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